Os Operários
Raul Brandão
Biblioteca Nacional, 1984
Quando, na última década do século XIX, Raul Brandão publica as suas primeiras obras e os seus primeiros artigos em Jornais e revistas, a questão social, que vai estar no âmago de toda a sua criação literária, assumiu uma particular acuidade, conforme o prova, além do aparecimento de muitos grupos anarquistas e de dezenas de jornais de orientação anarquista, o número de ensaios que, nessa época, se publicam em Portugal sobre esse tema: escritores prestigiosos como Eça de Queirós, argutos e bem informados publicistas, hoje ignorados ou mal conhecidos, como Augusto Fuschini, António de Serpa Pimentel, o visconde de Ouguela e Ladislau Batalha, entre outros, analisam a crise social nascida da euforia capitalista e do deficiente funcionamento do sistema constitucional, sublinham a gravidade do momento histórico que se atravessa, denunciam abusos…
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A Origem da 1.ª Internacional em Lisboa
Carlos da Fonseca
Editorial Estampa, 1973
Faz um século que, em Lisboa, a Secção Portuguesa da Associação Internacional dos Trabalhadores fez a sua aparição pública com um manifesto de solidariedade para com os trabalhadores de Sevilha. Este documento, datado de Outubro de 1871, é, por assim dizer, como que a certidão de idade da Secção Portuguesa da Internacional. Porém, se quisermos ser mais rigorosos e respeitar assim o espírito deste internacionalismo centenário mas não morto que animou os seus fundadores, teremos de considerar a existência oficial da Federação de Lisboa como remontando ao dia 10 de Março de 1872. Para além de marcar o primeiro contacto com o Conselho Central de Londres, esta é a data oficial da adesão da Secção Portuguesa à Internacional.
Falar da Federação de Lisboa sem levantar um certo número de problemas que afectaram a vida da AIT seria particularizar um fenómeno…
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Origens do 1º de Maio
Vários
Lisboa, s. d.
Em todo o mundo, milhões de trabalhadores comemoram hoje o 1º de Maio.
Para muitos desses camaradas, já libertos da exploração capitalista, este dia será de festa e alegria, para outros será de luta.
Para nós, portugueses, o 1º de Maio será, simultaneamente, um dia de festa e de luta. De festa porque, ao fim de 48 anos de ditadura, podemos festejar esta jornada em liberdade, e de luta porque, hoje, mais do que nunca, é necessário travar o passo ao capital reaccionário que tenta pôr em causa as conquistas por nós alcançadas desde o 25 de Abril de 1974.
O 1º de Maio é, portanto, o dia mundialmente consagrado aos que produzem.
Mas, porque razão tal data é considerada o Dia do Trabalhador? Teremos que recuar um pouco no tempo.
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domingo, 14 de novembro de 2010
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