sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Para Sempre, Tricinco ALLENDE E EU - autobiografia de Raúl Iturra - (26)

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Em janeiro de 2002, Lagos a nomeou Ministra da Defesa. Em pouco tempo, Bachelet tomou o comando, e sem rancores nem debilidade, ganhou o respeito dos militares.
Durante sua gestão na Defesa, começou a ganhar popularidade nas pesquisas, que começaram a apontá-la como pré-candidata presidencial, apesar dos partidos da coalizão e de seus dirigentes.
O denominado fenómeno Bachelet nasceu por causa de inundações no norte de Santiago, quando apareceu encarrapitada num tanque, dirigindo a operação de resgate dos desabrigados.
Em outubro de 2004 deixou suas responsabilidades ministeriais para se dedicar totalmente à candidatura.
Após uma intensa campanha, Bachelet, considerada a candidata mais esquerdista da Concertação em 16 anos, ganhou o primeiro turno com 45,96% dos votos, enquanto Sebastián Piñera, da direitista Aliança pelo Chile, obteve 25,41%.
Após o último debate na televisão com Piñera, no qual foi considerada vencedora, suas chances de triunfo se consolidaram.

Uma mulher afável, acolhedora, de amável sorriso, olhar directo, que toca violão com seus amigos, prepara o café da manhã em sua casa e todos os dias leva a filha mais nova ao colégio.
No entanto, o Palácio de La Moneda, sede do Governo chileno, a espera em março próximo, quando assumirá seu histórico cargo.
Pediatra socialista, Michelle Bachelet venceu, este domingo, as eleições presidenciais chilenas com 53,5 por cento dos votos, quando estão escrutinados mais de 97 por cento dos votos.
O adversário directo de Bachelet, o candidato de direita Sebastian Piñera, conseguiu 46,5 por cento dos votos, segundo os dados oficiais.
Piñera já reconheceu a derrota e felicitou Bachelet, declarando na televisão que «em democracia é preciso respeitar a voz da maioria».
«Felicito a minha oponente, a primeira Presidente do Chile, como os milhões de mulheres que lutaram por conquistar o seu lugar na sociedade», declarou à televisão. Prometendo uma «oposição construtiva», Piñera terminou com uma citação do dramaturgo Bertolt Brecht: «A luta continua».
Bachelet, que com esta vitória se torna na primeira mulher a ser eleita por sufrágio universal para o cargo de presidente no Chile , foi candidata pela Concertação Democrática, coligação de democrata-cristãos e socialistas no poder há 16 anos.
O Presidente cessante, Ricardo Lagos, já felicitou a “afilhada”, prometendo-lhe todo o apoio. “Será uma tarefa difícil mas as tuas capacidades permitirão a existência de um grande governo e de uma grande mulher”, disse-lhe o Presidente Lagos.
Também, o chefe da equipa de Bachelet, qualificou a vitória da pediatra como um marco histórico não só do país mas como de toda a América Latina, uma vez que esta é a primeira vez que uma mulher é eleita por sufrágio universal para o cargo que agora vai ocupar.
Nas ruas de Santiago, os apoiantes de Bachelet manifestaram o seu contentamento concentrando-se frente à sede de campanha da pediatra .
O Portugal de Hoje e de Sempre
E foi assim que fui andando, docemente, desde o Chile de ontem, ao Chile de hoje, e entrar ao Portugal de sempre, comigo calmo e redimido pela morte, em qualidade de réu, do velho ditador, que fez da nossa vida um imenso castigo, mas uma alegria ao saber que escapou a justiça por ...causa de morte !. Fui recebido na Gulbenkian, pelo o meu grande amigo Armando Trigo de Abreu , nesse tempo o meu colega do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, mais tarde colega no ISCTE, no tempo de dois corredores e duas licenciaturas.
Os meus tricinco , em Portugal, eram, entretanto, um mar de rosas. Entre a Gulbenkian e o ISCTE, fiz a opção de ficar a tempo completo no ISCTE e parcial, no referido Instituto. Ganhava menos dinheiro, mas era uma opção do tipo, em chileno castiço: “Me tinca” ou tenho a premonição que...E foi um bom aviso, pouco tempo depois, o Instituto de Ciências fechava e o ISCTE, abria. Esse ISCTE, no que tive que ensinar em galego primeiro, as vezes em francês, até entrar em mim o barulho das baionetas da língua lusa...como um encanto, como um jogo que, a pouco e pouco, fui aprendendo. Nesses dias, o ISCTE era pequeno e dependia da Universidade Técnica de Lisboa. Para poupar dinheiro, o nosso já desaparecido Director do ISCTE, Joaquim Laginha, professor de matemática que, para poupar dinheiro para a nossa Instituição, alugava os campos do fronte do edifício a um pastor de ovelhas, que, além de pagar, tirava as ervas e cortava a relva, pelo que não era necessário gastar dinheiro. Joaquim Laginha era denominado Doutor, mas o não era e ele assinava sempre JJ Laginha, sem Douto ou Dr. Era de parecer aldrabão, mas, nos factos, não era, afável, bom para rir, e referiria palhaçadas. Não tinha Gabinete por causa de espaço: havia imensos Gabinetes para Catedráticos, ou ocupava, por amabilidade, o do meu amigo primeiro, colega a seguir, mantendo a relação de amizade e de intimidade com a família, do Catedrático Robert Rowland , quem me tinha trazido à Gulbekian e tinha-me introduzido ao ISCTE. Mas, eu precisava da minha independência, habituado como estava a ter o meu gabinete partilhado para escrever e ler e outro individual para as tutorias. Esse gabinete estava a faltar e solicitei ao Professor Laginha esse Gabinete individual. Ele disse: “ Doutor Itarra- ainda não estava habituado ao meu nome- pode usar o meu quando quiser”. Pensei, todos menos isso, o que exprimi em voz alta. De seguida, mandou a um assistente da Licenciatura de Gestão o meu vizinho de vila o Magister Alfredo Pereira , Assistente do outro Presidente de Licenciatura, Eduardo da Cruz Gomes Cardoso, com Gabinete ao pé da telefonista, nesse tempo e até hoje, D. Crisalda Silva e de Dona Isaura Ferreira, que, entretanto, já não está connosco. Pessoas amáveis, simpáticas, muito amigas e a tentarem acolher-me e me agasalhar, especialmente nos dias de chuva. Era o meu hábito, adquirido na Grã-bretanha, de estar todos os dias o dia inteiro, no meu Gabinete para atender estudantes e proferir as aulas no dia de aulas. Ensinava Antropologia ao primeiro ano da Licenciatura em Sociologia. A pouco e pouco, os estudantes começaram a ficar entusiasmados coma Antropologia Social e começaram a solicitar ensino especial e separado. Começou a minha ideia de organizar um curso de Antropologia, uma Licenciatura, apesar de estar contente e feliz no curso e Licenciatura em Sociologia e ser muito colega e amigo dos docentes do Curso de Sociologia. Aliás, a Sociologia era uma matéria muito conhecida por mim, gostava da teoria, aprendidas nas minhas Universidades Britânicas e nas minhas leituras especiais, bem como tinha simpatizado com os colegas do ainda não criado, Departamento de Sociologia, não criado, por não ter Doutores ou docentes doutorados, era apenas uma Licenciatura. Ia ficando a perder a criação do curso, por causa de ter combinado com o Engenheiro em Gestão, Eduardo da Cruz Gomes Cardoso , Presidente da Licenciatura em Gestão, uma recepção aos denominados caloiros ou estudantes que pela primeira vez entram ao estabelecimento de Ensino Superior, uma Sessão de esclarecimento sobre o quê era o ISCTE, o que pretendia, as matérias ensinadas, o acesso a Biblioteca –nesses primeiro anos quase inexistente- e, na minha pretensão de criar Antropologia no ISCTE, comecei louvar a especialidade e fazer uma quase homilia sobre a nossa Ciência. Foi-me perguntado por um dos caloiros, que, nos anos 80 eram apenas os novos ou os novatos, qual a diferencia entre Antropologia e Sociologia. Não queria arriscar a minha pretensão e fugi para a teoria que, como é evidente, não era entendida por eles: não tinham formação em Ciências Sociais, como era o meu hábito britânico: são admitidos a estudar Antropologia os já preparado pelo denominado Former College ou preparação para o ensino Universitário ou preparatório para a universidade no qual no primeiro ano, ensinava-se matérias mais aprofundadas das mais importantes do ensino secundário: Matemáticas, História, Física, Língua, Escrita e conteúdos, Leituras, a fazer ensaios em 45 minutos e, no 2º ano, escolhia-se uma especialização ou em Letras, Ciências, Física, Química, Filosofia , Direito, em fim, todo o preciso para escolher uma careira universitária. O Portugal do antigamente, não era assim, apenas mais tarde, a denominada reforma Veiga Simão para o Ensino, foi alterada para as especialidades. Mas, no dia do debate, ainda não havia especialidade e tive que improvisar uma resposta, que tem ficado gravada na memória do ISCTE!: a diferença é simples, os Sociólogos contabilizam quantas pessoas vão a Missa aos Domingos e dos números fazem uma projecção e organizam uma teoria; nos, nada perguntamos, vamos a Missa a observar e fazer amigos para depois perguntar porque é que vá a Missa. As gargalhadas dos meus colegas de Sociologia foi imensa. Eu não sabia que todos as suas pesquisas eram conduzidas com trabalho de campo e observação participante. Problema dos novatos! Pensava ter entrado num país calmo e socialista, mas, de facto, havia lutas, muitas lutas. O PCP, que tinha sido o inovador, que tinha sido. e o instigador da ideia da Revolução dos Cravos, do 25 de Abril de 1974, queria tomar a liderança do movimento, mas quer os EUA, quer os próprios membros dos outros partidos políticos portugueses, não aceitavam a ideia. Não era em vão que Franck Carlucci estava em Lisboa, para comandar, mais uma vez, uma revolta, caso aparecer um Governo chefiado pelo PC Português. Em 1975, o denominado Novembro Quente, que foi a causa da inversão do processo, o que se deveu, em grande parte, ao forte impulso do PS à efectiva realização, no prazo marcado, das eleições constituintes prometidas pelo Programa do Movimento das Forças Armadas. Estas eleições, as primeiras em que funcionou o sufrágio verdadeiramente universal, realiza-se no dia 25 de Abril de 1975, marcando, de modo exemplar, a vida cívica e política portuguesa. Apesar do apeloà abstenção (considerado um voto de confiança no MFA) acorreram às urnas 91.7% dos eleitores, o maior universo eleitoral de sempre na História do País. Tanto a campanha como o acto eleitoral (para os quais os pessimistas previam confrontos e tumultos) decorreram dentro das normas de respeito e de pluralidade democrática. Os resultados da votação determinantes para a inflexão da via marxista-revolucionária. O PS sagrou-se vencedor das eleições, com 38% dos sufrágios, logo seguido do PPD, que conseguiu 26%.. Em contrapartida as forças de esquerda mais radical receberam uma votação muito modesta.
Reforçados por este apoio eleitoral, os socialistas encabeçam, com firmeza, a luta das forças moderadas contra o radicalismo revolucionário. Em Julho, o PS e o PSD abandonam o IV Governo (que se desfaz) e mobilizam todos os seus recursos no sentido do regresso ao espírito inicial, democratizante, do MFA. Neste Verão de 1975 (conhecido como o “Verão Quente”) , a oposição entre as forças políticas atinge o rubro, expressando-se em gigantescas manifestações de rua, assaltos a sedes partidárias (o PCP foi o partido mais atingido) e pela proliferação de organizações armadas revolucionárias de direita e de esquerda. É em pleno “Verão Quente” que um grupo de nove oficiais do próprio Conselho da Revolução, encabeçados pelo, nos dias de Revolução, Capitão Ernesto Melo Antune s, mais tarde ascendido a Major, critica abertamente os sectores mais radicais do MFA, pronunciando-se por uma “prática política realmente isenta de toda e qualquer influencia dos partidos” e pelo afastamento da “equipa dirigente” do Movimento. Umas actuação hábil destas forças moderadas leva à destituição do Primeiro Ministro Vaco Gonçalves, à formação de novo Governo (o VI, chefiado por Pinheiro de Azevedo) e, por fim, à nomeação do Capitão Vasco Lourenço (um dos “nove”) para o comando da região militar de Lisboa, em substituição de Otelo (24 de Novembro).Estas alterações são o rastilho para um último golpe militar, desferido em 25 de Novembro, pelos pára-quedistas de Tancos, em defesa de Otelo e do processo revolucionário. Este golpe, por pouco, não coloca o País numa guerra civil, acaba por se malograr e, com ele, as tentativas da esquerda revolucionária para tomar o poder. Ficava aberto o caminho para a implantação de uma democracia liberal .


Notas:

Retirado do jornal Últimas Notícias, on line, de 15 de Janeiro de 2006, página web: http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2006/01/15/ult1808u57038.jhtm , sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result&cd=1&q=Presidente+Chile+Michelle+Bachelet&spell=1
Antes, houve outras duas mulheres a serem eleitas na América Latina, como Primeiro ministro, Dame Eugenia Charles, Primeira Ministra do Governo da República Dominicana, entre 1980 e 1995, com o apoio dos Republicanos Norteamericanos, como está referido em: http://en.wikipedia.org/wiki/Eugenia_Charles . A seguir, é eleita Presidenta de Nicaragua, com a colaboração dos partidos contrários ao Revolucionário Movimento Sandinista do seu País, foi Presidenta entre 1990-1997. O qwue há em comum, é serem mulheres, mas muito diferentes ideológicamente. As duas mencionadas nesta nota, eram manipuladas pelos partidos patronais e da Direita, como refere, para chamorro, a Enciclopédia Net: http://en.wikipedia.org/wiki/Violeta_Chamorro Nenhuma delas tinham lutado pelo povo, a sua luta era pelos os seus próprios interesses e os dos seus apoiantes, bem ao contrário da socialista revolucionária Michelle Bachellet.
Retirado de: http://tsf.sapo.pt/online/internacional/interior.asp?id_artigo=TSF167311 , sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result&cd=1&q=Presidente+Chile+Michelle+Bachelet&spell=1
O antigo ditador chileno Augusto Pinochet, uma das figuras mais odiadas do mundo, escapou à justiça ao morrer a 10 de Dezembro. Um católico fanático que acreditava desfrutar da protecção pessoal de Deus e da Virgem Maria contra os seus inimigos, ele pode ter acreditado que estava a deixar este mundo a caminho do Céu. Mas, independentemente do que ele pensava sobre para onde se dirigia, planeava certamente ter um lugar ao lado do seu amigo e protector de toda a vida, Henry Kissinger, o Secretário de Estado norte-americano que ajudou Pinochet à tomar do poder em 1973, esse infame Prémio Nóbel da Paz, que tem sido um conselheiro de confiança dos presidentes dos EUA, incluindo George W. Bush. As Academias também se enganam ou as suas ideologias são mais da perte do hipotético reu que do fiel ideólogo dos seus princópios. É apenas notar como Pablo Neruda recebeu o Prémio Nóbel de Literatura, perto da sua morte.
O outro nome a que Pinochet estará sempre associado é o de Salvador Allende, o Presidente do Chile que Pinochet derrubara e assassinara. Allende, socialista nato, encabeçou a coligação Unidade Popular de partidos parlamentares de esquerda, foi eleito presidente do Chile em 1970. O Presidente Allende era um esforçado reformista. As principais medidas que adoptou, nomeadamente a reforma agrária e a nacionalização das minas de cobre do Chile, foram apoiadas por um importante sector da classe dominante chilena e violentamente opostas por outros sectores. O regime de Pinochet, ao mesmo tempo que era abertamente assassino e fascista na esfera política, não destruiu a maior parte dessas medidas. Em consequência, o desenvolvimento da agricultura do Chile, por exemplo, ligou o país mais fortemente que nunca às economias da América do Norte e da Europa e o país no seu todo tornou-se mais lucrativo para o investimento capitalista monopolista estrangeiro, directo e indirecto.
Mas os EUA tinham decidido matar Allende, mesmo antes de ele ter tomado posse, por duas razões relacionadas: primeiro, porque o seu regime, muitas vezes contra a sua vontade, estava associado a uma intensificação da luta dos trabalhadores do Chile, de parte da sua classe média e sobretudo dos camponeses que queriam e esperavam uma mudança mais radical, e ao descrédito das forças políticas chilenas em que os EUA tradicionalmente confiavam. No contexto de uma vaga mundial de lutas contra o domínio dos EUA e de outros imperialistas, o governo norte-americano achou essa situação muito perigosa. Segundo, porque Allende era amigo de Cuba e o seu governo dependia em grande medida do Partido Comunista pró-soviético. Esse partido tentou usar o movimento de massas para forçar os EUA a permitir-lhe partilhar o poder, em linha com a política então seguida pela União Soviética, a qual, tendo regressado internamente ao capitalismo, tentava nessa altura satisfazer os seus interesses imperialistas em concertação com os EUA, e não através de um confronto directo. A ideia de permitir que a influência soviética alastrasse numa região que os EUA sempre consideraram ser o seu “jardim das traseiras” era intolerável para os governantes norte-americanos. Retirado da página web: http://www.paginavermelha.org/noticias/061211-pinochet.htm

A entrada de Portugal à União Europeia, antigamente denominada Comunidade Europeia, no tempo que eu apereci em Portugal por dois meses e fiquéi até o dia de hoje, vão já quase 27 anos, mudou as formas de gerir a Nação. Armando, estudado em Oxford e Morgado do Minho, sentia e dizia sentir, uma grande admiração por mim. Falávamos em inglês, fácil para nos dois: o meu português desses dias, era poruguês luso-galaico, mal entendido pelos lusos de Portugal. Mas, empenhado como estava em aprender, no ano acdémico de 81-82, já falava o português que hoje falo, bem mais elementar que o portuguê dos portugueses, até hoje , apesar das minhas incursões dentro de língua que, hoje em dia, é a minha segunda língua. A primeira, por emotividade, por assim me comunicar com as minhas filhas e netos, é o inglês. Armando está refrido na página web: http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Gabinetes/Gab_MCTES/ , como Chefe de Gabinete do homem que salvou a minha vida em 2006, ao me encaminhar para o melhor neurologista de Portugal, Alexandre Castro-Caldas, ao saber da minha doença de encefalitis adquirida numa viagem de avião para Holanda para visitar aos meus netos, José Mariano Gago, o marido da, antigamente, colaboradora Karin Wall, que, enquanto eu podia aparecer em Portugal já contratado como estava, dava as aulas por mim, até eu aparecer a 2 de Maio de 1981.Armando está referido nas publicações do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Clássica de Lisboa, em: http://www.ics.ul.pt/publicacoes/analisesocial/as_artpub63-73.htm




A minha entrada a Portugal, ficou marcada na minha memória. Pensava que era um País Socialista, mas, de momento, estava enganado. Era Presidente da República o General António Ramalho Eanes, que tinha intervido no Governo, quando este estava a ser conduzido pelo PCP, mas, a sguir, esse contra golpe, canditaou-se à Presiência e ganhou. A net refere assim: Eleito à primeira volta a 27.6.1976 (61,59% - 2 967 137 votos). Os candidatos derrotados são: Otelo Saraiva de Carvalho (16,46% - 792 760 votos), Pinheiro de Azevedo (14,37% - 692 147 votos) e Octávio Pato (7,59% - 365 586 votos). Reeleito à primeira volta a 7.12.1980 .(56,44% - 3 262 520 votos). Os candidatos derrotados são: Soares Carneiro (40,23% - 2 325 481 votos); Otelo Saraiva de Carvalho (1,49% 85 896 votos); Galvão de Melo (0,84% - 48 468 votos), Pires Veloso (0,78% - 45 1.32 votos) e Aires Rodrigues (0,22% - 12 745 votos).
Presidente de 14.7.1976 a 9.3.1986. Retirado de: http://www.presidencia.pt/?idc=13&idi=24 . Referido assim: Em 1975 foi nomeado General, e dirigiu as operações militares do 25 de Novembro desse mesmo ano, contra a facção mais radical do MFA. Em 1976 foi eleito Presidente da República, sendo reeleito em finais de 1980. Retiradso da página web: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Ramalho_Eanes . O Primeiro Ministro era Francisco Pinto Balsemão, do denominado PSD ou Partido pela Social Democracia, de 1981 a 1983. Retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_primeiros-ministros_de_Portugal Referências também em: http://maltez.info/respublica/portugalpolitico/classepolitica/balsemaofran.htm



Robert Rowland, quem me convidara da Grã-bretanha para a Fundação Gulbenkian e, do referido Instituo de Oeiras, para o ISCTE, onde partlhamos o mesmo Gabinete durante um tempo. Estou agradecidon a ele e família pelo acolhimento dispensado. Catedrático desde o primeiro dia do ISCTE, fez de mim um homem feliz dentro da instituição. Fomos colegas em Cambridge, em anos diferentes e com diferentes catedráticos: eu, Jack Goody, ele, com rival do Jack, Sir Edmund Leach, com quem aprendeu essa forma de historiar a Antropologia, no meu ver. Excelente historiador, especialmente em histórias de vida, sabe de Antropologia tanto, que era capaz, e tem feito, de proferir aulas de qualquer matéria. Durante as minhas diversas presidências do Departamento, foi um colaborador eficaz. Saber, sabe, quanto? Já não sei! Deve ser imenso!
O professor José Joaquim Laginha era um homem formal, mas devoto da casa. Era a sua casa,pasava mais tempo connosco que no seu lar. Antigo fundaor do ISCTE, era destemido. Um dia disse-me: “Professor Itarra (!), pode-me tratar como entender, Laginha, ou o Zé ou o Quim, não estamos na Inglaterra”. Por ter abandonado esta vida muito cedo e sem obra escrita, está vivo na nossa memória e no anfiteatro que leva o seu nome.
O Magister Alfredo Pereira, hoje doente, está referido no sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=ISCTE+Alfredo+Pereira&btnG=Pesquisar&meta=
Referido em: http://www.google.pt/search?hl=pt- PT&q=ISCTE+Eduardo+da+Cruz+Gomes+Cardoso&btnG=Pesquisa+do+Google&meta=
A denominada Reforma do Sistema Educativo feita pelo Ministro da Educação do período oscuro da História de Portugal, incrementou, no seu dizer, a assistência às aulas para estudantes do secundário. Comentada na Revista Raíz e Utopia, número duplo de 1979, dedicado a educação, que comenta a reforma educativa de José Veiga Simão. Dizem vários: “...Stephen Stoer vai mais longe e considera que a reforma educativa de Veiga Simão «foi o indicador concreto do colapso da ideologia educacional dominante da era de Salazar» e que se tratou «do símbolo do desmoronamento da ideologia prevalecente, que abarcava num todo único o sistema de ensino, o sistema político e o aparelho de Estado»[8]; por sua vez, António Teodoro prefere adoptar uma postura meramente descritiva dos acontecimentos[9] e por recuperar a afirmação de Sérgio Grácio de que todo este período, que acaba por culminar na reforma de Veiga Simão, corresponde a uma fase de «procura optimista da educação...»[10].”retirado da página web: http://educar.wordpress.com/2006/08/20/os-caprichos-do-grande-educador-xi/ A reforma, de facto, foi feita mais tarde, no Ministério de Guilherme de Oliveira Martins, referidona página web: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_Pereira_de_Oliveira_Martins
Informação transferida a mim pela nossa discente do 2º ano de Antropolgia, Irene Santos, requisitada pelo nosso Secretariado para me ajudar, nomeadamente Maria Paula Almeida, bem como referido a mim ao telefone, por D. Crisalda Silva, a nossa telefonista, a minha antiga vizinha de Gabinete, que sabia aquecer os meus pés nos dias que eu chegava molhado pelas chuvas! Agradeço.
Ernesto Melo Antunes, Major no Activo e organizador da Revolução dos cravos, está referido no sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Ernesto+Melo+Antunes&btnG=Pesquisar&meta= e no Diário de Noticias on –line, de 18 de Novembro de 2004, jornal que dedica dedica a seguinte Editorial:






Ernesto Melo Antunes, major no activo no dia 25 de Abril, foi o teórico do Movimento das Forças Armadas, redigiu ou elaborou a base dos textos essenciais do MFA, desde o Programa até ao Documento dos Nove. Quando Eanes, ele próprio um «capitão de Abril» e primeiro Presidente da República eleito, fala da «coerência» de Melo Antunes, tem em linha de conta o contributo teórico e prático deste militar, de 1974 a 1982. Mas podia reter um período mais vasto - e Eanes teria isso também em mente. O que vai da luta contra a ditadura, nos anos 60, até aos anos 90. Toda uma vida. Cujos valores de referência eram, afinal, os de uma boa parte da geração que se opôs ao salazarismo e ao marcelismo. Que acreditava na democracia, rejeitava o capitalismo e se opunha às guerras coloniais. Era o pulsar dos democratas e dos homens de formação marxista. Nascidos no tempo da Guerra Fria, do anticolonialismo, do antiamericanismo, da utopia comunista. Melo Antunes não era comunista, nem acreditava «nos amanhãs que cantam». Era um marxista que acreditava num socialismo democrático, se opunha ao totalitarismo comunista e se situava, em termos de política internacional para Portugal, mais próximo do não alinhamento do que da pertença a um bloco. Foi contestado, após o 25 de Abril - e tentado, por diversas forças políticas de esquerda. Permaneceu ele próprio. E, na questão da democracia, esteve sempre do lado certo: no que derrubou a ditadura e no que impediu a tentativa comunista de levar a jovem democracia portuguesa para nova aventura antidemocrática. A nossa democracia deve-lhe muito. Deve-lhe quase tudo.

JOSÉ MANUEL BARROSO
Retirado da página web do DN on line: http://dn.sapo.pt/2004/11/18/editorial/ernesto_melo_antunes.html
Este texto, sintetizado e redigido, em partes por mim, é retirado do texto on line: O Tempo da História, História A, 2ª Parte. 12º ano, em: http://lusitania88.blogs.sapo.pt/8932.html , sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Eanes+encabe%C3%A7a+Movimento+Novembro&meta= , em: lusitania88.blogs.sapo.pt/8932.html – História pouco lembrada pelas pessoas com as que faléi, que não conhecem as Alamedas do Homem Livre em Portugal

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