terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Ensitel - declaração de guerra

Luis Moreira

COMUNICADO

por Ensitel a Terça-feira, 28 de Dezembro de 2010 às 17:37

A Ensitel, Lojas de Comunicações, S.A. (“Ensitel”) está a ser confrontada com um conjunto de declarações divulgadas através das redes sociais Facebook e Twiter, decidindo por isso, apresentar o seguinte breve esclarecimento:

A “Ensitel” não põe minimamente em causa qualquer tipo ou forma de liberdade de expressão, mas repudia, rejeita e não aceita ser alvo de uma autêntica campanha difamatória, assente em factos absolutamente falsos que têm como único intuito denegrir a imagem e boa reputação que a “Ensitel” construiu ao longo de 21 anos, apenas porque o cliente não se conformou com uma decisão judicial que lhe foi desfavorável.
Nestes 21 anos de existência, os clientes têm sido e continuarão a ser o maior valor da Ensitel, garantindo a mesma, que todos os seus direitos são preservados e salvaguardados.

A Administração

Pelo que parece e sem ter acesso a toda a matéria, a decisão judicial não é mais que uma providência cautelar que se conforma segundo o pedido da autora, nada diz sobre a bondade da matéria principal. Por isso, eu acho, até porque se trata de uma empresa que pode pagar a advogados, que este comunicado é uma declaração de guerra.

Claro, que a posição empresarial estúpida da empresa, neste caso, não pode ser argumento para atirar para cima do cliente as consequências de uma política a léguas do que aconselha a comunicação com os clientes, a marca e os mercados.

Com o tipo de Justiça que temos, podemos calcular os seguintes passos:
- a Ensitel, tenta refazer os estragos nos mercados de que só ela é culpada, pelo menos na dimensão que o assunto tomou.

- recorre para a Justiça porque nesta primeira faze a providência cautelar, com um mínimo de fundamento, é sempre aceite, dando ideia de uma razão, que no fim do processo pode bem não lhe ser reconhecida

- as custas do processo são muito elevadas, e a Ensitel, como empresa, tem uma capacidade financeira muito superior a qualquer cliente individual e, tem mesmo a vantagem de classificar como custos, despesas que, no caso da cliente lhe saem do bolso sem retoma a não ser que ganhe o processo

- após anos de tribunais e de recursos, sempre por iniciativa de quem tem capacidade financeira e a possibilidade de considerar as custas como "custos" na sua contabilidade ( desta forma, reduzindo o lucro tributável, coloca o Estado a suportar parte das custas...) mesmo que a cliente ganhe, é uma luta desigual.

Isto é, mesmo que o assunto tenha sido alavancado pela cliente, os estragos na imagem da empresa, resultam da estratégia errada da Ensitel, que vai agora, à custa de dinheiro, esmagar um consumidor que teve a desdita de ser sua cliente.

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