quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Noctívagos, insone & afins - O hipercluster do mar!




Luís Moreira

A curto prazo, as 35 empresas reunidas no Forum Empresarial para a Economia do Mar, estabeleceram como objectivos:


Marítimo – portuário – envolve portos,transportes,logística e serviços. Tem um peso no PIB de aproximadamente 3.2 mil milhões de euros, empregando cerca de 76 000 pessoas.É preciso tornar os portos portugueses mais competitivos, especializá-los (são sete) com taxas mais baixas e mudar a fiscalidade, criando o imposto de tonelagem. Hoje a Europa, que tomou estas medidas a tempo e horas domina 40% da frota mercantil do mundo!


Pescas, aquacultura e indústria do Pescado – Pesa no PIB à volta de 2.6 mil milhões de euros, e emprega cerca de 90 000 pessoas. Portugal tem uma enorme comunidade de pesca mas o futuro está na aqualcultura do mar.


Construção e reparação naval – Portugal foi muito forte neste sector, pelo menos na reparação naval. Vale 400 milhões de euros e quase 13 000 pessoas. A crise é que deu cabo da parte da construção.


Turismo náutico – Gera actividades conexas , embora valha só 212 milhões de euros e empregue 5 000 pessoas. Exclui o turismo costeiro, mas inclui actividades tão diversas como náutica de recreio, desportos náuticos e submarinos. O turismo de cruzeiro é o único que se mantem, mas são necessários mais terminais, marinas e postos de amarração e colocar o país nos pontos de entrada ou de saída.


Energia,investigação e cultura – é o que vem depois, precisa de investigação, ainda está mal estudado. A energia eólica offshore é o futuro, bem como as esperanças que se abrem no campo da biologia.


É uma boa notícia, dois anos após o estudo do Prof Hernâni Lopes ” O Hipercluster do Mar”, as empresas privadas terem as actividades marítimas na sua agenda. A má notícia é que tambem já apareceu a Comissão Interministerial para os assuntos do Mar, a funcionar na dependência do primeiro ministro.
A nossa zona exclusiva marítima é a maior da UE e já temos apresentado nas
Nações Unidas o pedido de propriedade sobre a zona continental do mar, envolvendo o Continente, Açores e Madeira.


Mais uma enorme fonte de riqueza a que, por décadas, viramos as costas.

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