segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Para Sempre, Tricinco ALLENDE E EU - autobiografia de Raúl Iturra - (29)

(Continuação)


Não posso deixar de referir já, que, ainda que está mencionada na nossa viagem ao Seminário de Transição em Pau, a minha amiga, Geógrafa no ISCTE, a luso brasileira Maria José Maranhão, a primeira a se aproximar a mim, com essa a sua eterna discrição e dar-me as boas vindas e me convidar a almoçar. Tinha estado no Chile do Allende, do qual não conseguia escapar por não haver Embaixador nos dias do golpe que matou a Allende. Devia fazer o seu doutoramento, era Professora Auxiliar e devia já prestar provas de doutoramento.Tentei empurrar o mais possível, mas...ela dizia que não era académica, estava ai apenas para ganhar a vida e porque adorava aos estudantes e dar aulas, mas, escrever, nem por isso! Tentei seduzir, tentei ser simpático, tentei redigir para ela, trabalhamos dois meses...e tudo acabou!

O meu sítio no Conselho Científico do ISCTE, composto apenas por cinco Doutores, não havia mais, foi o que me empurrara a este e outros vários júris de Doutoramento. De pronto, todo o ISCTE estava a acabar o seu doutoramento. Há imensos Ministros, Secretários de Estado e outras chefias governamentais, a abandonar a vida académica para se converter em orientadores da República. Penso que, ao menos, estávamos em boas mãos! Na minha ignorância dos hábitos e costumes de Portugal, da cultura portuguesa, tratava aos meus colegas, vários deles após, amigos, como na Grã-bretanha, sem saber que a cultura lusa imperava também na cultura académica na vida académica. O hábito português é tratar por Senhor ou Senhora e, a seguir, o nome próprio da pessoa e não o nome de família.

Dentro da vida académica era igual. Sem saber, estava a comportar-me como um não sabido dos usos culturais, ao endereçar questões a Professora Halpern ,que depois aprendi a tratar como Professora Miriam, e que hoje em dia somos Raúl e Míriam, a Professora Mónica , após Maria Filomena, ao Professor Murteira, mais tarde Mário e tu, e por ai fora. Mas antes, o Mário, ainda o Professor Mário, solicitou-me o meu CV para me transferir de Professor Associado a Professor Catedrático. Eu não queria e demorei, demorei, fui adiando essa entrega, até que o meu amigo da alma, que conheci no CC pequeno, numa reunião do nosso CC, e ficamos amigos a primeira vista! Ele ajudou-me a entender Portugal. Foi ele que um dia, na sua forma simpática de ser, disse: “Meu caro, não podes adiar mais, é um convite de transferência de lugar e é conveniente para todos nós”. Eu já tinha a agregação de Cambridge, reconhecida automaticamente em Portugal, mas prestei provas na mesma, na U. Técnica de Lisboa, quando ainda o meu amigo David Rodrigues , era estudante na mesma, e que mais tarde íamos publicar um livro em conjunto. O meu texto era dedicado a sua Senhora mãe Era preciso se habituar aos costumes hábitos e costumes, para me saber comportar nas diversas culturas que tenho habitado, com a minha mulher e as nossas filhas, hoje em dia do 2008, continuamos dispersos: a minha mulher, por enquanto, no Chile uma filha na Holanda, outra em Cambridge, cada uma com o seu par, excepto, espero, a minha mulher! Apenas uma pequena dispersão para me justificar! Torno ao texto central O nosso Conselho era de apenas cinco pessoas, com um convidado de Faculdade de Psicologia da Universidade Clássica, o Doutor Pina Prata , para sermos capazes de funcionar. Era presidente o meu ilustra amigo, o Professor Mário Murteira , economista e fundador do Departamento de Gestão, com Eduardo Gomes Cardoso a dirigir a Licenciatura, por não ser Doutor, Departamento que passou a ser a seguir, pela sua obra, o Instituto de Estudos de Gestão ou INDEG. Tive vários encontros amistosos com ele, quer na sua casa, quer na mia. Era um Socialista Católica, mas um verdadeiro socialista, junto com a sua mulher Aurora, que entrou na minha casa uma noite de verão dos anos 90 do Século XX, para ingressar ao Hospital a seguir, vítima de um cancro no cérebro, o que a vitimara rapidamente, por ser uma mulher jovem. A composição do nosso CC revelava que o ISCTE nada tinha que envidar a Cambridge. Académicos activos, a intervir na vida política do País e a fundar a academia portuguesa. Mário Murteira foi membro da UEDS , sempre irónico e divertido, sabia orientar as nossas actividades, como tinha orientado as suas. Esse o meu amigo tinha-se Doutorado em Economia na Universidade Técnica de Lisboa Era o tempo em que todos estávamos em todos os sítios do ISCTE, para fundar instituições de investigação, de ensino, refazer a Biblioteca, nas mãos da Dona Maria Emília Arruda Pacheco, uma biblioteca que tinha, como foi descoberto por mim e com a colaboração dos antigos assistentes, hoje Doutores, o casal António Firmino da Costa e Maria das Dores Guerreiro . A biblioteca foi inspeccionada por eles, tive essa colaboração, após ter solicitado ser nomeado Professor Bibliotecário e mandar ampliar a biblioteca do ISCTE, tirando os Gabinetes dos Catedráticos e refazer os tipo de livros que havia: se lembro bem, havia dois Durkheim, um Max Weber e imensos textos de Marx e Engels, oferta do PCP, e livros de Gestão, licenciatura que tinha dinheiro para comprar os seus textos. Durante dez anos presidi a Biblioteca e solicitei a mudança de Bibliotecária, o que não era possível pelo que convidei a Socióloga, denominada Dra. Arlete Amaral , licenciada em Sociologia pelo ISCTE, a minha estudante no primeiro ano e bibliotecária num outro local da Administração Pública. Durante dois anos solicitamos a sua transferência, até que, finalmente, o pedido foi aceite . A seguir, fizemos uma lista de livros mínimos para as leituras e, como havia dinheiro no ISCTE, compramos imensos livros de Sociologia e Antropologia para melhorar a qualidade do ensino. Com o meu caro amigo e colega, o Doutor em Ciências da Comunicação, antes na Universidade do Porto, hoje, na de Fernando Pessoa, Porto, Mário Pinto , fundamos o Conselho Pedagógico em 1982, com a aprovação do Presidente do Conselho Directivo, que exercia as funções que, mais tarde, seriam do Presidente do ISCTE. O Presidente do Conselho Directivo, esse amigo que soube receber- me com honra e convites para sua casa e vice versa, José Manuel Paquete de Oliveira . O Conselho Pedagógico funcionava numa pequena sala que após ia acolher as reuniões do nosso Departamento de Antropologia do ISCTE, como Departamento de Antropologia Social. Conselho Pedagógico arrebitado, mais tarde, depois pelo Prof. Rogério Roque Amaro . Antes, não posso deixar de referir que o ISCTE que escrevia livros e textos, tinha uma quase obrigação de oferecer um texto para a nossa Biblioteca, após uma carta enviada por mim para todos os docentes e discentes do ISCTE. O resultado foi excelente, havia livros para não comprar e que, o sucessor no meu cargo de Professor Bibliotecário, o já Doutor João Freire, soube maximizar às entradas de textos na nossa Biblioteca. Eu não tinha mais tempo. Passava a minha vida na nossa instituição, da manhã à noite e até aos Sábados.

A vantagem do ISCTE, era que tinha cursos de dia e de noite o que Pat Caplan, já citada, queria que eu fizer no seu Goldsmiths College em Londres. Ensinar operários e trabalhadores, ou, como são referidos, estudantes trabalhadores, era um prazer adquirido por mim desde os tempos da Presidência de Salvador Allende. Durante um tempo, quando o nosso Conselho Científico era presidido pelo antigo Secretário de Estado para a Educação, José Manuel Prostes da Fonseca, apesar de não ser Doutor, era Catedrático por eleição e por mérito, houve a proposta de vários novos Departamentos e Secções, especialmente Gestão, para não se ter mais estudantes trabalhadores. JM Prostes disse que o que os Departamentos queriam, era a lei, e João Ferreira de Almeida e eu, de imediato levantamos a mão para dizer que o ISCTE tinha sido fundado para acolher aos que não tinham tido a oportunidade na sua juventude, de acabar os seus estudos, pelo qual Sociologia e Antropologia, ficamos de imediato com cursos a dobrar: estudantes de dia e estudantes de noite. Por vezes era pesado, especialmente quando as aulas dos de dia eram de manhã cedo, as 8 a m.

Era necessário esperar a tarde toda para leccionar o curso das 22 horas da noite. Como “eterno” Presidente de Departamento, por eleição ou desistência do meu alternativo, já relatado antes, e membro da Assembleia do ISCTE, ou por inerência ou por eleição, tinha assento na, já nos anos 90, na Comissão Coordenadora do CC e assim defendi não ao Departamento, bem, como ao estudantes trabalhadores. Eu diria que era essa herança do passado com Allende e com Paulo Freire, esse prazer de informar, com palavras comuns, as novidades da ciência social aos meus discentes da noite, onde residiam as mais brilhantes mentes dos discentes do ISCTE. Porquê Antropologia? Nunca perguntei, mais fomos criando matérias adequadas e convenientes para os seus trabalhos: Antropologia Urbana, Antropologia do Género, Antropologia da Educação, Etnopsicologia da Infância, Antropologia de América Latina, Antropologia da África, e outras que, para não ofender ninguém, vou referir ser esta apenas uma lista das que aparecem na minha memória.
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Notas:




Maria José Maranhão era a filha mais nova de uma imensa casa, nasceu aso 40 anis da sua mãe, quando ela, por viuvez da mãe, foi feita com o novo marido. É muito humilde na sua própria apreciação de si própria, no entanto, tem escrito imenso. Está referida no sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Maria+Jos%C3%A9+Maranh%C3%A3o&btnG=Pesquisar&meta= , especialmente página web: http://www.degois.pt/visualizador/cv.jsp?key=4422538906225914 . Prestou provas e passou a ser Professora Auxiliar em 1976, antes da minha aparição ao ISCTE. As suas áreas de especialidade são:
- Geografia humana e – Demografia. Tem lecionado em Sociologia e em Sociologia do Planeamento
Quando é amiga, é devota dos seus íntimos. A sua casa está sempre com pessoas, enchentes de pessoas pelo carinho e acolhimento que a sua personalidade demonstra.








Míriam Halpern Pereira era a minha visita em casa com o seu marido Carlos Veiga Pereira, e vice versa, pais do meu antigo discente Pedro Halpern Pereira, a seguir o meu colaborador nas filmagens que eu realizava antigamente, aceite para trabalhar comigo pela sua eficácia e pela sua experiência no fazer filmes, por ser o corrector do meu português ou tradutor: quando eu não sabia o quê dizer, ele perguntava, diga em francês, que eu traduzo, (tinha acompanhado a sua mãe ao exílio em Paris e cursado os seus anos preparatórios em Paris) e por ser socialista, condição para mim indispensável porque, como tenho já escrito, a ideologia orienta o trabalho das pessoas. Ideia que nunca apliquei na escolha em júri integrado por vários antropólogos doutorados, na entrevista para contratar novos assistentes para o nosso nascente curso de Antropologia. Míriam está referida, primeiro, na minha memória: sem dizer nada, ela entendia o que era ser exilado: tinha sofrido assim na sua infância e deu-me todo o apoio, entrando um dia no meu Gabinete e dizer: “Deve ser o novo Professor que vem de Cambridge. Bem vindo!” O que nunca vou esquecer e penso que refiro no texto de homenagem para elas, que entre vários, temos escrito. Juntos fundamos a Revista Ler História e salvamos imensas vezes a Revista da falência. Como tenho relatado antes esta história, não alongo mais esta nota de rodapé, apenas que é preciso saber como é referida na net esta antiga Presidente da Torre do Tombo, ao substituir a esse outro o meu amigo, o Historiador José Mattoso, quando foi a Timor para organizar os arquivos dessa nova República. Míriam é referida em: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Miriam+Halpern+Pereira&meta=
Na reunião anual da Associação de Professores de História, onde foi convidado o seu inspirador e antigo professor da Universidade de Paris, Albert Silbert, foi-lhe prestado uma homenagem a 18 de Novembro, em Évora, a cidade mais antiga e Romana de Portugal o sítio especial para Historiadores. Quem leu o discurso de homenagem, foi o seu antigo orientado, José Luís Cardoso. Um mérito quase como uma decoração da Presidência da República. Ela, na sua sincera humildade de uma mulher sabia e querida, nunca referiu este facto, que eu soube por ter sido convidado, mas já o começo de uma doença que não sabia ia acontecer dois anos depois, não fui capaz de ir. A obra de Míriam, a minha colega nos sofrimentos de dois exílios, precisa um louvor feito por vários de nós, em formato de papel: um livro, que ainda não tem sido entregue a ela. Não exagero nada se refiro que tem sido para mim não apenas uma académica clássica, bem como uma mulher que, quando deve dizer uma coisa, diz com amabilidade mas com certeza. Ao me visitar para o meu aniversário, troce um presente e um bolo Rainha, especialmente comprado para mim. O que revela o grau de intimidade da nossa relação, sempre aberta e sã. Estou certo que deve viver como o seu pai, quem abandonou o mundo após mais de cem anos de idade, com cabeça lúcida e memória perfeita. Todos têm medo de Míriam, porque diz o que deve dizer, no seu sítio e no momento preciso. A sua obra é imensa. Meticulosa, tem servido a todos nós, como o leitor pode entender já na Introdução deste texto. E mais nada acrescento.
Maria Filomena Mónica foi membro do meu júri de Agregação, presidido por Adérito Sedas Nunes e integrado por Mário Murteira, Pina Prata, Míriam Halpern Pereira e outros. Foi um vice-versa. Quando a lei mudou, fui membro do júri de Agregação de Míriam, tive a honra de arguir o seu CV, Mário Murteira, o Programa da Cadeira e Joel Serrão, a Lição. Maria Filomena Mónica era a minha amiga ao começo, mas era do “outro” ICS ou ainda GIS, lugar em frente da Assembleia da República. Excelente Historiadora, formada em Oxford, doutoramento sempre referido em todas e cada uma das reuniões do nosso pequeno Conselho Científico. Pessoa simpática e muito divertida, fizemos uma Viagem juntos para a casa de Eça de Queirós, onde ei proferi uma conferência, ela era quem historiógrafo a vida de Eça e rimos imenso, especialmente ao referir na minha conferência que o amancebamento tinha sido retirado da lista dos pecados por João Paulo II, o que ela, com esse o seu ar travesso, de imediato perguntou, com esse riso sedutor dela: “Meu caro Raúl!, isso interessa-me imenso, vou já a tua conferência, que ouviu com atenção e colocou imensas perguntas, às que eu respondi da forma mais destemida, de maneira que o académico que me tinha convidado, o eleito Reitor da U Católica, Manuel Braga da Cruz, puxava pela minha manga parta me dizer: “isso não é para falar cá!”. Eram católicos fervorosos a Maria Filomena, em brincadeira, queria saber o quê podia fazer sem pecar. È referida na net, com 71. 100 referências, em : http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Maria+Filomena+M%C3%B3nica&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= especialmente a página web, na que está uma página de um dos seus livros,2006 Bilhete de Identidade. As minha memórias entre 1943-1976, Alêtheia Editores, Lisboa. Diário de Notícias on line, de 25 de Domingo 13 de Novembro de 2005: http://dn.sapo.pt/2005/11/13/artes/toda_a_verdade_filomena_monica.html
É referida como Historiadora, Investigadora na Universidade de Lisboa
Áreas de Investigação: O sistema político português no século XIX. Eis porque a tenho referida no texto como historiadora do PS português. Ver: http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/Maria_Filomena_Monica.htm#Obra . A sua obra é imensa e tenho tido imensa pena de não privar mais com ela. É de talento, uma imensidão, de simpatia, um amor, de beleza, uma sedutora, como académica, um privilégio. Sobre a educação em Portugal, não apenas sabe, mas tem escrito imensos textos e ensaios, que eu tenho gostado ler, têm sido para mim uma fonte de inspiração e de dados.
David Rodrigues é o irmão de Fernanda Rodrigues, a minha discente antigamente, casada a seguir com o meu defunto amigo Steven Stoer, que muito cedo na vida, nos deixara, como Pierre Bourdieu: o cancro mata! O livro referido, Educação e Diferença. Valores e Práticas para uma Educação Inclusiva, editado pela Porto Editora, é de 2001, dedico o meu texto a Dona Joaquina Rodrigues, mãe do David e tem por título: “O adulto e a criança crescem juntos”,12 pgs, inspirado pela atitude firme na vida da Dona Joaquina a tratar dos seus filhos, pelo que a dedicatória diz: “Para Dona Joaquina, mãe calma, serena, orientadora dos seus filhos”. O Seminário de Educação Especial ou, denominada por David, inclusiva, prova o saber do David em Educação Especial para crianças doentes ou que precisam de apoio especial para entender as matérias estudadas. David está referido em: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=David+Rodrigues&btnG=Pesquisar&meta= , com 311.000 referencias, uma das quais é uma entrevista ao David, que opina: David Rodrigues, presidente do Fórum de Estudos de Educação Inclusiva e professor na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, aplaude o esforço do Governo na promoção da inclusão, mas critica os métodos para se atingir esse fim. Embora não desvalorize por completo a legislação existente, aponta o dedo à forma como a inclusão se pratica no terreno. Retirado da entrevista de Educare.pt, feita por Teresa de Sousa em 18-4 de 2007, referida em: http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=7ABF0AF87D9E4996B894A6E25065ACF2&opsel=1&channelid=0 e o nosso livro em: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=David+Rodrigues+%28Org%29+Livro+Educa%C3%A7%C3%A3o+e+Diferen%C3%A7a&btnG=Pesquisar&meta= O meu texto, em: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Ra%C3%BAl+Iturra+O+Adulto+e+a+Crian%C3%A7a+Crescem+Juntos+em+Livro+Educa%C3%A7%C3%A3o+e+Diferen%C3%A7a&btnG=Pesquisar&meta=
O Professor Doutor Francisco Xavier Pina Prata era um dedicado membro do nosso CC, empréstimo da Faculdade de Psicologia da Universidade Clássica de Lisboa, referido a mim o nome completo e pertenças académicas, pela minha memória viva ao telefone, D. Crisalda Silva. Com todo, está referido no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Portugal+Professor+Pina+Prata&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= e na página web: http://www.aptefc.org/ficheiros/newsletter1.pdf , que refere ao Professor Pina Prata como o introdutor e precursor da terapia familiar em Portugal. Uma homenagem foi-lhe oferecida no Congresso da Associação Portuguesa de Terapia Familiar e
Comunitária, no XVI Congresso do Instituo de Terapia Familiar, onde a Associação Portuguesa tinha forte representação. O Professor Pina Prata, no dito Congresso, proferiu o discurso de abertura do Congresso e apresentou o seu novo livro sobre terapia familiar, editado pela Climempsi em 2007: Terapia Sistémica de Casal. Respigando ideias e experiências. O prefácio será escrito pelo Professor Daniel Sampaio. O Professor Pina Prata tem uma vasta obra sobre Terapia Familiar, citada no sítio Net referido neste nota de rodapé. Era um dos membros mais activos do, nesses dias, nosso pequeno Conselho Científico o qual passou depois, a funcionar em salas mais alargadas, porque os Doutores começaram a ser uma larga panóplia de sabedoria dentro do ISCTE dos anos 80.
Mário Murteira tem sido o paciente escritor de vários livros de Economia e ensinava no ISCTE, bem como no já referido ISCEF, onde conheceu a Sedas Nunes, foi convidado por ele para formar o antigo GIS da Universidade Técnica de Lisboa, após ICS da Clássica de Lisboa, sítios todos onde eu dava conferências e o Mário ouvia, especialmente no Instituto de Economia, no qual eu dava conferências, a convite do denominado “proprietário” do Instituto de Economia, o Professor Pina Moura. Mário Murteira está referido no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Portugal+Professor+M%C3%A1rio+Murteira+&btnG=Pesquisar&meta= especialmente na página Web: http://www.mariomurteira.com/dados.html , com obra e estudos em Portugal e no estrangeiro. Diz, entre outra vastas actividades: Licenciado (1956) e doutorado em Economia pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL) (1970)
Em 1959/60 fez estudos de pós-graduação em Paris ( no ISEA) , com François Perroux e Roma (na SVIMEZ), com Cláudio Napoleone. Acrescenta uma larga informação, eu tenho retirado apenas parte da sua actividade política e académica e as sua relações com o nosso fundador, Sedas Nunes: Foi assistente e depois investigador coordenador do Gabinete de Investigações Sociais da UTL, fundado e dirigido por A. Sedas Nunes, depois transformado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (1973/85)
8 - Foi ministro dos Assuntos Sociais no Primeiro Governo Provisório (1974) e do Planeamento e Coordenação Económica nos Quarto e Quinto Governos Provisórios (1975).
9 - Foi militante e dirigente da UEDS ( União da Esquerda para a Democracia Socialista) em 1979/84.Na UEDS, participaram figuras políticas como Lopes Cardoso, Kalidás Barreto, César de Oliveira, Míriam Halpern, António Vitorino, etc.
10 - Director da revista Economia e Socialismo em 1976/87 . Esta revista começou por ser mensal, com tiragem de cinco mil exemplares e esgotava. Colaboraram na revista nomes prestigiados da esquerda europeia e norte-americana, como Immanuel Wallerstein, Giovanni Arrighi, Ronald Chilcote, André Gunder Frank além dos autores portugueses. Destacados economistas e sociólogos do Terceiro Mundo como Samir Amin, Sérgio Ramos, Ladislau Dowbor também colaboraram
11 - Fundador e director do CESO –Centro de Estudos Economia e Sociedade CRL- em 1980/85. O CESO realizou, nesta época, numerosos projectos de assistência técnica em África. Nesse tempo, o CESO fornecia a The Economist, para publicação, informações correntes sobre as economias dos PALOP . Fica para o leitor saber mais, se visitar a página web referida, onde está citada a sua obra bibliográfica, que é imensa




A UDES precisa de uma explicação, por causa de muitos académicos do ISCTE terem pertencidos à União de Esquerda para o Sosialismo, essa explicação é referida assim: A UEDS foi um partido de esquerda português fundado em Janeiro de 1978. O partido tem as suas origens na Associação de cultura socialista - irmandade dos trabalhadores, uma organização socialista e em grupos de pessoas independentes ligadas ao Partido Socialista.
O partido participou nas eleições legislativas de 1980 en coligação com o Partido Socialista e a Acção Social Democrática Independente, sob a denominação de Frente Republicana e Socialista. Nas eleições seguintes, os membros do partido integraram as listas do Partido Socialista. Nas eleições presidenciais de 1986 os membros do partido separaram-se, uma parte apoiando Mário Soares e a outra Maria de Lurdes Pintasilgo. Retirado do sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Portugal+Uni%C3%A3o+da+Esquerda+para+a+Democracia+Socialista+UEDS&btnG=Pesquisar&meta= , pagina web: http://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_da_Esquerda_para_a_Democracia_Socialista O partido foi desactivado em 1986 e os seus membros inscreveram-se no Partido Socialista.. Um exemplo do que é ser académico e político, está também em Cambridge, na que Anthony Giddens era o Conselheiro do Primeiro Ministro Laborista, Tony Blair, outros, como Iain Wright, pertenciam, com ideologia Maoista, ao Partido Laborista, mas apoiava aos candidatos do Partido Laborista nos comícios e nas Eleições. Eu próprio, entre outros, éramos socialista do partido Trabalhista ou Laborista. Não era, porém, descabido , que no Chile de Allende as aulas fossem uma plateia ou um stand para dar aulas quase de propaganda, especialmente nos dias em que o regime perigava, como tenho referido em capítulos anteriores. Acrescentaria que toda Universidade não é apenas uma plataforma para a Ciência, bem como dentro de essa Ciência, há uma tendência ideológica que orienta o que é ensinado como plataforma das nossa pessoais ideias da vida social e ideologias. O ISCTE era campeão nesse ditos e re ditos argumentos e na orientação da Ciência Social, que sempre era um perigo para os ditadores, pelo que as Universidades eram ou fechadas, ou ministravam apenas cursos tecnológicos ou, com programas submetidos antes a autoridade governamental da educação, como foi o caso do Chile pós Allende. Não havia liberdade de ensino, como em geral, não há liberdade de ensino em ditadura nenhuma. Foi a ideia de Mário Murteira e Sedas Nunes, entrar pelos corredores denominados corporativistas para saber o que o inimigo pensava e, eventualmente, tentar manipular aos corporativistas para arrecadar agua par os seus moinhos.


António Firmino da Costa, para mim, um dos melhores amigos que tenho tido no ISCTE, a seguir JFA, colaborou comigo de tal maneira, que fez um inventário da biblioteca, junto com a sua mulher, também hoje doutorada em Sociologia. António Firmino queria ser Antropólogo. João FA debatia comigo que não podia retirar ao melhor docente da Sociologia, com enganos para o seduzir, a ele e a sua mulher, para serem Antropólogos. António Firmino tinha essa dúvida e não havia dia que não for ao meu Gabinete para debater comigo o como e o porquê da Antropologia. Não consegui convencer, era muito sociólogo para isso, para essa transferência. E fiz bem em não insistir, é hoje, como Maria das Dores também, os melhores sociólogos de Portugal, brilham no ISCTE. António está referido no sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=+Ant%C3%B3nio+Firmino+da+Costa&btnG=Pesquisar&meta= , especialmente na página web citada na net, com esse CV de 32 páginas, por enquanto: iscte.pt/arquivo.jsp?ficheiro=44.pdf Tenho comigo o livro que foi a sua tese,1999: Sociedade de Bairro, Celta Editores, Oeiras resultado de um prolongado trabalho de campo no bairro de Alfama. Essas 539 páginas são ouro em papel. Ganhamos um Sociólogo que trabalha com o método Etnográfico da Antropologia. O livro está recenseado em Análise Social, Nº 166, XXXVIII de 2003 do ICS, e pode-se ler na página web: http://www.ics.ul.pt/publicacoes/analisesocial/recensoes/166/graca.pdf
Maria das Dores para mim Dores Guerreiro, não apenas é uma excelente investigadora, como António, bem como uma excelente docente, muito dedicada ao seu trabalho de docência. Os dois aprenderam comigo o que, nesses anos, não era obrigatório: ensinar por meio de tutorias. Hoje, já com Bolonha dentro de nós, é parte da forma de ensinar. Está referida em: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Portugal+ISCTE+Professora+Maria+das+Dores+Guerreiro&btnG=Pesquisar&meta= especialmente na página web que refere o seu currículo DáGois: http://www.degois.pt/visualizador/curriculum.jsp?key=0206940717367831 Tenho comigo o seu texto, oferecido a mim por ela, ao prestar provas de doutoramento em 1995, livro editado em 1996, na especialidade Famílias e Empresas, uma rara especialidade, mas que coloca a Sociologia no centro do universo da realidade. Enquanto nós andamos nos ritos, mitos e outras ervas benéficas para entender a mente humana, o que eu denomino a mente cultural, Maria das Dores no Laboratório Observa e com a minha antiga discípula, hoje a mulher do meu amigo da alma, JFA, Anália Torres Cardoso, não largam as entrevistas à famílias e trabalham de forma etnográfica. Mais uma Socióloga que também faz Etnografia. O seu livro é também uma mina de ouro, uma novidade nas Ciências Sociais! Parabéns! Maria das Dores está referida como investigadora, está referida com um impressionante CV, em: http://cies.iscte.pt/investigadores/ficha_completa.jsp?pkid=46&subarea=todos
Referida no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=ISCTE+Arlete+Amaral&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= , como Secretaria do Centro de Sociologia ou CIISCTE
Mário Pinto era da Universidade do Porto, Professor em matérias ligadas as Ciências Sociais, como me informara o seu antigo discente, hoje Doutor e Catedrático da dita Universidade, José Fernando Madureira Pinto, não tinha muito tempo para se dedicar ao Conselho Pedagógico, pelo que a Presidência passou para mim. Aparece, na minha pesquisa, um Professor Doutor Mário Pinto, como docente de Ciências da Comunicação, mas não estou certo se é ou não o mesmo. Cabe ao leitor saber! A morada referida é a página web: http://www.webboom.pt/autordestaque.asp?ent_id=1116913&area=01 Foi este Mário Pinto quem iniciara ao Prof. José Fernando Madureira Pinto os elementos da ciência social que iam entusiasmar ao, hoje, melhor Sociólogo de Portugal. O seu nome foi referido à Adérito Serdas Nunes em 1971. Como JF Madureira Pinto estava em Lisboa a cumprir o seu serviço militar, foi capaz de acumular militarismo com ensino no antigo GIS-o ICS de hoje. Informação transmitida a mim por e-mail de 6 de Março de 2008, pelo próprio Professor Madureira Pinto. Altuar em que, com João Ferreira de Almeida, começaram a elaborar investigação em conjunto entre 1972 e 1974. Acabado o Serviço Militar, Jpsé Madureira Pinto tornou ao Porto para ensinar na sua Universidade.
Saiba ou não, fui sempre um grande admirador do seu dedicado e delicado trabalho no ISCTE, um pai fundador, esse madeirense que casou com uma a sua discente, Maria da Gloria, discente minha também e tiveram lindos filhos. Comentário não para fechar com esse “e viveram felizes para sempre”, mas para abrir, com esse comentário, as referências desse o meu segredo amigo. Segredo, porque um dia ao me convidar para a sua casa, e eu não aceitar por causa de trabalho, as nossas trocas simpáticas ficaram apenas dentro do campo do, por mim denominado, conveniente e adequado. Ajudou-me imenso com o secretariado do departamento. O José Manuel está referido no sítio Net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Jos%C3%A9+Manuel+Paquete+de+Oliveira&btnG=Pesquisar&meta= como criador das expectativas jornalistas dos discentes e docentes, especialmente na página web: http://www.cecl.com.pt/rcl/08/rcl08-05.html e na pagina pdf: iscte.pt/arquivo.jsp?ficheiro=54.pdf -, que define o que ele ensina e a sua formação: Docente na área de Sociologia da Comunicação da Licenciatura em Sociologia no ISCTE, essa matéria que o nosso Departamento nunca considerara de relevância para nós, esse o nosso grande pecado, remediado já pela área que ele abriu no ISCTE e pela entrada do ISCTE ao sistema Bolonha de Universidades, feito por mim e Clara Afonso de Carvalho para o nosso Departamento. A sua obra está referida em: http://www.cecl.com.pt/rcl/08/rcl08-05.html
Com Rogério Roque Amaro intensificamos a actividade do Conselho pedagógico, integramos discentes e representantes das várias Licenciaturas, apenas três, nos anos 80. O Conselho Pedagógico era eleito de dois em dois anos. Rogério Roque Amaro e eu, estávamos sempre presentes. Conseguimos mudar parte do ensino no ISCTE, até, mais tarde, por causa de imenso trabalho, tivemos que o abandonar. Rogério Roque Amaro está referido no sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Rog%C3%A9rio+Roque+Amaro&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= e o seu currículo na página web: http://www.degois.pt/visualizador/cv.jsp?key=2507566455510089 , que define as suas preferências de investigação: - Bairros degradados- Exclusão social. Devo agradecer a ele a colaboração fornecida a uma das minhas orientandas, a hoje Doutora Darlinda Moreira, especialidade matemática. Não apenas forneceu dados, bem como ofereceu o seu Arquivo dos bairros degradados que ele estudava em equipa com outros. Ao longo dos anos tenho insistido imenso para prestar provas de Agregação, sempre diz sim, mas não parece estar muito interessado....
Darlinda Moreira, esse o meu orgulho de investigdora, está referida no sítio net: http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Darlinda+Moreira&btnG=Pesquisa+do+Google&meta= , especialmente na página web, que refere sua obra: http://www.webboom.pt/pesquisaHPautores.asp?autorId=25302 , especialmente a página web, com texto da persistente doutora em matemática da Universidade Aberta: http://www.spce.org.pt/sem/12.pdf , ou, ainda, com texto: http://www.spce.org.pt/sem/9900Darlinda.pdf


Jill Dias era para estar connosco no novo Departamento, mas havia tantas solicitações que iam


(Continua)

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