António Sales
Passa por mim uma lágrima
granítica,
visão fragmentada
do sono alucinado.
Passa por mim uma lágrima
lunar,
fugida de uma estrela
cansada de chorar.
Passa por mim uma lágrima
de prata,
fio de amores perdidos
no tempo a recordar.
Passa por mim uma lágrima
de sal,
onda enrolada
na saudade do tempo consagrado.
Passa por mim uma lágrima
poética,
oitava sinfonia
das palavras sem métrica.
Passa por mim uma lágrima,
uma só,
sem rosto nem memória,
seguindo o destino de outras lágrimas.
domingo, 10 de outubro de 2010
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O António Sales ouviu o meu pedido, que bom! Lindo poema!Venham mais.
ResponderEliminarMuito bonito. Um poema de alma. Um poema de sonhoe e realidade.
ResponderEliminarEu só tenho a agradecer as vosas palavras que são um estímulo, acreditem. Obrigado.
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