Uma mancha negra vem-nos dos USA, pelo mar, do petróleo cada vez mais fundo e cada vez mais caro. E cada vez mais perigoso e mais dificil de tirar. E vem-nos do sul!
A outra mancha negra vem-nos do norte, pelo ar , mais mediática porque os seus efeitos são imediatos, para hoje, enquanto a mancha negra petrolífera vai estragar durante dezenas de anos, mas no futuro!
Tudo acontece neste planeta louco, sem sentido, com o homem a arrebentar com a sua própria casa, como se fosse preciso ajudar a natureza que tem e não prescinde das suas incontornáveis fantasias.
Nos dois últimos anos tivemos e continuamos a ter uma mancha negra que arrasou empresas, empregos e países. Ainda perdura, muitas malfeitorias continuam a acontecer por sua causa, mas há quem faça de conta que não existe e que nunca existiu. Logo que possível, os restos de petróleo são escondidos das vistas, mas lá no fundo, segue o seu caminho inexorável destruindo a vida.
A mancha negra da natureza só deixa alguns aviões no chão e algumas pessoas a gozar mais uns dias de férias, não prejudica a saúde, se não tivessemos pressa, a mancha negra da natureza nem seria um contratempo. É a natureza a relaxar, a renovar-se, a encontrar as condições para a vida, ao contrário da que vem do sul que destrói a vida.
Mas o homem não aprende, já há quem mergulhe nas manchas, amanhã já cá não estamos, há que ganhar dinheiro, muito dinheiro, tanto, que nem o conseguimos gastar, mas que importa, afinal, não sabemos fazer mais nada.
terça-feira, 11 de maio de 2010
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Por acaso, do ponto de vista estritamente ambiental (os ecologistas que me corrijam, se estiver errado), os acidentes naturais, como este do vulcão islandês, são mais nefastos para a degradação do planeta e para o aquecimento global, do que aqueles que o homem provoca. No entanto, as sucessivas manchas negras que dos Estados Unidos nos chegam, prejudiquem ou não o meio-ambiente, vão devastando os nossos hábitos ancestrais, a nossa ética, a nossa maneira de estar na vida. Um nosso companheiro, o Mão de Ferro, assinalava no seu post a perda de valor que a palavra tem vindo a sofrer. Pedia a sua redignificação. É uma posição justa. Mas estamos na era america, sujeitos às manchas negras que todos os dias nos são enviadas - o tempo é de «pragmatismo». Respeitar a palavra dada é um arcaismo, já não se usa nos USA, nem na Europa. Manchas negras - bela analogia, Luís.
ResponderEliminarÉ dificl fazer tão mal como esta mancha que não conseguem deter.
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