sexta-feira, 2 de julho de 2010

Comentário do Professor Raúl Iturra ao comentário de Luís Moreira

O comentário de Luís Moreira parece-me bem escrito e como deve ser. O que é como deve ser? Fugir dos ataques aos docentes que deviam entregar um relatório por dia, e reuniões que nunca mais acabavam. No seu minuto, e no Estrolabio, publiquei também uma crítica, que se o nosso gestor quiser, podia fornecer ao Luís Moreira. Não há arte mais difícil que a de ensinar e e Socióloga Engenheira andou por ruas que nem deviam ser pisadas. Um docente é para ensinar e não para dar conta do seu trabalho diariamente. Ensinar é pesado, o ministério também. Ninguém lê Paulo Freire para saber o duro do oficio e os contornos que tem. Reparem, é entrar numa mente aberta que ainda nada tem na cabeça e é ai onde o docente deve concentrar-se. A burocracia escolar não dá tempo aos docentes para aprender ciência nova e a transferir com palavras simples. No meu ver, a proposta é arrogante e para doutores e os pequenos não conhecem a o nem por redonda que ela é, menos ainda. As novas oportunidades nunca foram explicitadas, como iam os docentes usar? Introduzir profissões no segundo ciclo, é dividir a sociedade em amos e escravos. Parece-me bem que se faça, mas ao acabar o secundário completo, que, se não se aprende mais ciência, empurra ao estudante a ser operário, ficando o saber para os ricos. A minha critica é dura porque o programa é classista, o que o recenseador não refere. Parece-me mal não ir ao fundo da questão e reparar que se a sociedade já está dividida conforme as entradas económicas do lar, a torna ainda um sítio para entontecer ao aprendiz de feiticeiro. Na Inglaterra e nos EUA tem bom resultado, porque há dinheiro para pagar. Transferir do ensino privado para o público, é um risco destemido que não deve acontecer. Maria de Lurdes, comigo tornou a chumbar....

1 comentário:

  1. A educação em Portugal tem que ter responsáveis e esses só podem ser os professores, os alunos e a organização chamada escola. Sem isso, o que temos são os burocratas do ministério e dos sindicatos que precisam uns dos outros. Não são adversários, uns não vivem sem os outros e a escola é só um recreio onde aplicam as suas brilhantes ideias...

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