quinta-feira, 8 de julho de 2010

Entrámos hoje no terceiro mês

O nosso blogue inicia hoje o terceiro mês de vida. Nos seus primeiros sessenta e um dias de existência, publicou cerca de seis centenas e meia de posts. Porque alguns desses textos terão passado despercebidos, vamos reeditá-los à razão de um por dia. Será numa rubrica dedicada a quem está acordado até tarde .

Destes sessenta e um dias de actividade, só podemos fazer um balanço positivo. Não somos um blogue com índices de audiência muito elevados, mas temos leitores fiéis e atentos. Com os meios que temos para monitorizar a leitura, podemos afirmar que, em média cada pessoa que nos visita, lê 3,3 posts demorando 7:26 minutos na visita. Quem conhece a generalidade dos blogues, saberá apreciar estes números.
Surpreende-nos, nessa monitorização, a proveniência dos leitores. Sendo que um pouco mais de 40% nos lêem do exterior, verificamos que o Brasil está à cabeça, com numerosos leitores espalhados por todo aquele imenso país. Mas há quem nos siga dos Estados Unidos, da Venezuela, do México, da Argentina, do Chile, do Equador. África, sobretudo os países de língua oficial portuguesa, também estão bem representados. Da Europa chegam-nos leitores de quase todos os países. Na Galiza concentra-se uma grande parte. Mas temos leitores na Austrália e, grande surpresa nossa, na Mongólia!

Como se sabe não temos uma causa central – somos uma federação de causas: a restituição de Olivença a Portugal, a ligação à Galiza e a defesa do idioma comum, a independência das nações oprimidas pelo estado espanhol, a contestação do modelo de democracia pelo qual somos governados, são algumas delas…

Somos 23 colaboradores, mas há perspectivas de mais algumas adesões. Não nos preocupa sermos poucos. Convidamos as pessoas em função da sua qualidade e julgamos que isso transparece na qualidade global do blogue. E recordamos o que dissemos no editorial de abertura: « o Estrolabio é um espaço plural, uma praça pública e livre onde é proibido proibir ideias políticas, teses científicas, tendências filosóficas, crenças religiosas, convicções agnosticistas ou ateístas, preferências clubísticas, orientações sexuais… » (...) «ao Estrolabio são bem-vindos todos os que defenderem a Liberdade. Por isso, para defender a Liberdade, é preciso vedar a passagem às «liberdades». (...) «Sem pretensões a ficar à frente seja de quem for, queremos, no entanto, ganhar o nosso espaço. Como? Lutando pela liberdade de expressão e pela qualidade, pela isenção e pela originalidade. »(...) «não existe uma linha editorial orientada ideologicamente ou segundo qualquer ditame religioso, filosófico ou de outra ordem. Muito menos, futebolístico. Mas não fugiremos a abordar a temática, do futebol. Tentaremos não entrar na casuística de conflitos, polémicas, do dia a dia – há muito quem se ocupe desses problemas. Digamos que não sendo um tema que nos esteja vedado, de modo algum o privilegiaremos. Em matéria de política portuguesa e internacional, Estrolabio está aberto a todas as tendências (como já se disse, menos às que neguem a Liberdade como valor primacial). Tentaremos não enveredar pela análise feita «em cima do acontecimento». Críticas à orientação do Governo ou às posições assumidas pelas oposições, preferimos que sejam feitas numa perspectiva verdadeiramente crítica (no sentido nobre da palavra). Fugiremos à chicana, ao humor político fácil, ao ataque gratuito, ao aproveitamento de gaffes… » «Tentaremos a crítica construtiva, consistente, portadora de alternativas. O que não significa que não aceitemos a colaboração de quem ataque o Governo ou de quem o defenda. A única coisa que pretendemos é que as posições partidárias não se baseiem em boatos ou em picardias gratuitas.» Mantemos todas estas posições anunciadas no início.

Fazemos um apelo a quem nos lê: por favor, comentem os posts – elogiando ou contestando, concordando, discordando… Os comentários são ideias em movimento e, aí na falta de feed back, reside a nossa maior limitação. As críticas, favoráveis ou desfavoráveis, são essenciais. Inclusivamente aceitamos sugestões sobre o que gostariam de ver no Estrolabio e aceitamos posts desde que os autores se identifiquem; caso se integrem na nossa ampla linha editorial, publicá-los-emos. Desafiamos quem nos lê a partir de países estrangeiros a, além de nos darem a sua opinião sobre o que fazemos, a descreverem-nos realidades sociais, culturais, políticas, dos países em que estão.

O Estrolabio agradece a todos a atenção que lhe dispensam. Faremos o possível para não vos desiludir.

2 comentários:

  1. De facto, é espantosa a diversidade entre os colaboradores. O que dará um leque de assuntos tratados mais vasto.
    É uma realidade a que ainda não me habituei, esta de poder estar a ser lida em várias partes do mundo, imediatamente aos textos aparecerem no blogue. Já o António Torrado (para quem não conhece, tem um site "www.historiadodia.pt" onde diáriamente é colocada uma nova história para crianças. Começou com a colaboração de uma universidade - já esqueci qual, mas era do interior - e agora é mais carolice) me dizia que era lido e ouvido (ele também "conta" a história - e que bela voz, e que representação oral!)em todo o mundo e que recebia mensagens de portugueses, a agradecerem a oportunidade de poderem ouvir falar a nossa língua. Parece que nos está a acontecer algo semelhante - e os videos com música vão neste sentido.
    O pedido de sugestões e comentários é excelente. Oxalá a preguiça não reine! Oxalá sirvamos para lembrar a Históra, questionar o Presente, reflectir sobre o que queremos para o Futuro!
    Clara Castilho

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  2. Viva o Estrolábio. Isto vai devagar mas avança.
    Vamos lá a fazer mais comentários para não serem só os casa a comentarem-se uns aos outros.

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