segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dia Mundial do Animal - um coração para todos...

Luis Moreira ( um coração desenhado na perfeição)

Qualquer cão que me veja na rua, vem direitinho a mim, a rosnar, mesmo a ladrar, é certinho. Os donos dizem sempre que não percebem, pois o cão é meigo, não faz mal a ninguem. Mas eu sei porque é. Tenho um medo incrivel dos cães, ficou-me de quando andava nas quintas à fruta com a malta, e um dia andei quilómetros em cima de um muro com uns quantos cães a ladrarem-me às canelas. Então não é que os cães pressentem o meu medo?

Mas tive um cão (era de um amigo meu) um Labrador, que foi a excepção, o raio do cão que me via de 15 em 15 dias senão mais, logo que me via ia buscar uma pinha e atirava a pinha para os meus pés para eu brincar com ele. Atirava a pinha contra mim, levantava-se com a pinha na boca e mostrava-a e não me largava enquanto eu não brincasse com ele. Tive um desgosto quando morreu com uma daquelas doenças infecciosas que os atacam e que é fulminante.

Um dos cães que viviam com o Labrador era um Cão-de-Água algarvio, com os caracóis a cairem-lhe sobre os olhos, preto, que mal eu me atirava para a piscina ele já não me largava, bebi uns litros de água à conta do cão. Outro, tambem desse meu amigo, era um Serra da Estrela, taciturno, desaparecia por largos momentos e voltava de vez em quando para ver se estava tudo controlado para desaparecer a seguir.

Eram três animais completamente diferentes, não só no aspecto, mas muito principalmente no caracter, tive um enorme carinho por esses animais que gostavam de mim, não me ladravam e brincavam comigo. Eram animais com terreno para correr e brincar, assim gosto de ver e, palpita-me, que os cães que não gostam de mim é porque passam toda a vida dentro de um apartamento, são como eu, "cão de campo não gosta de capoeira".

5 comentários:

  1. Eu tive um cão, quando era miúda, que não me largava um segundo. Ia para a rua atrás de mim quando eu e as minhas irmãs iamos para a brincadeira. Era-me tão fiel que, se me acontecia alguma coisa, ia a correr puxar pela saia da minha mãe. Depois, mudámos de casa e deram o cão. Ainda hoje sinto esse desgosto.

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  2. Como gosto de cães! Sempre convivi com eles, mas tenho que referir um muito especial que foi meu companheiro durante 13 anos. Não apreciava a raça "boxer" até o meu irmão me ter oferecido um bébé... é como diz o Luís, cada um com o seu feitio, a sua personalidade. Aquele cão era mesmo o meu género... um companheiro, uma ternura, um doce. Muitas caminhadas fizémos e muitos bichos vimos juntos. Sabia quando fazia asneiras e pedia-me desculpa envergonhado. Sabia sempre quando eu estava menos bem e tinha sempre um mimo para me oferecer. Não se queixava quando estava doente, mas eu descobria apenas pelo seu olhar. Custou-me muito perdê-lo, mas senti-me orgulhosa, de nunca lhe ter falhado em nada e de o ter acompanhado até ao final da sua velhice, altura em que partiu em paz... que saudade!

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  3. Essa de correr quilómetros em cima de um muro deve ter sido na Muralha da China com cães Xau Xau á perna. São pacíficos e não comem ninguém (são comidos pelos chineses) parecem andar em bicos de pés, mesmo os corpulentos.
    Se alguém fosse mordido por um Retriever do Labrador seria de espantar, são os cães mais dóceis, inteligentes e de maior utilidade para o Homem (são por excelência os cães dos cegos) têm o faro apuradíssimo (busca de droga e sinistrados) vão buscar a caça (retriever). Trazem à mão pinhas ou qualquer outra coisa, gostam tanto de água como os Cães de Água, já tive de ir buscar uma minha Retriever do Labrador dentro de um poço, porque não previu a retirada. Gostam de estar junto dos donos, são mais felizes num apartamento que deixados sós numa quinta com muita largueza, tal como outras raças. A afirmação de que todos os cães são para estar na rua é um preconceito, uma forma de ver com olhos de gente sem atender às necessidades e vontade dos animais. Já o Serra da Estrela apenas saúda o dono no início do encontro, precisa de espaço, é territorial, guarda o terreno e não pode estar preso. Tive um de pêlo curto (o raro) que o meu filho montava como um cavalo, puxando as orelhas como rédeas, nunca lhe fez mal. Quando deixei a vivenda onde habitava levei-o para a quinta dos meus sogros, prenderam-no, e mordeu a perna da minha sogra que era quem lhe dava de comer. Como diz o slogan é preciso treinar os donos para poderem ter cães.
    Agora tenho outra Labrador, faz parte da família, e sabe que nós somos a família dela. Não conto o que ela faz, porque não acreditavam, apenas digo que foi treinada/educada por mim como todos os meus outros cães. Chamamos-lhe Lua mas foi registada com o nome de Carlota; por causa do nome não a deixo escrever para o Estrolabio.

    PS. Desculpa Luís, era para ser um comentário e já vai num post. É verdade que os cães sabem quem os receia, por isso nunca nenhum me fez mal, nem aos meus filhos que foram criados na sua companhia.

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  4. Quem me dera ter um Retriever. Só não tenho um porque não o posso levar à rua, senão tinha um ou dois. São mesmo cães para estar em casa, como tu dizes. E são lindos.

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  5. Uma Carlota, não. Eu voto contra. E tu, também era melhor que voltasses ao teu nome de baptismo.

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