segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Enganos

António Augusto Sales


Estilhaço no meu peito

o punho errante

da suplicação e ira fermentadas.

Solto a voz amarela da revolta

no meio da pobre gente atormentada.



Olhos marinhos

por lágrimas sulcados,

percursos espinhosos no rumo de viver,

veleiros de esperanças vãs

naufragados

nas cinzas uterinas das manhãs.

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