António Augusto Sales
Estilhaço no meu peito
o punho errante
da suplicação e ira fermentadas.
Solto a voz amarela da revolta
no meio da pobre gente atormentada.
Olhos marinhos
por lágrimas sulcados,
percursos espinhosos no rumo de viver,
veleiros de esperanças vãs
naufragados
nas cinzas uterinas das manhãs.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
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