segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Os meus 10 (?) livros!

Luis Moreira

Este desafio lançado pelo nosso Carlos Loures é um bocado, para não dizer muito, injusto. Como vou eu, pobre sapateiro estar à altura do Prof. Sílvio Castro? Claro que tambem tenho os livros da minha vida, corro é o risco de serem meras "paixões" e não passarem disso, não serem "grandes livros". Por isso só continuo se fizermos um acordo. Os livros que eu salvo em caso de ir para uma ilha sozinho, são só isso, são os de que  gosto, independentemente de serem ou não "obras imortais".

Conversados sobre isto, aqui vai:

A Mensagem de Fernando Pessoa, porque quando a li fiquei com a convicção, que dura até hoje, que há um antes e um depois da sua leitura. O Memorial do Convento de Saramago, por nos dar uma visão intimista das glórias e das miudezas de homens e mulheres que por circunstâncias alheias ficaram na história.

A Peste, de Albert Camus, envio o leitor para o texto" Um livro que eu li: A Peste..." do João Machado, ele já disse o que eu não consigo dizer.

O Processo, de Franz Kafka, onde não há leis nem regras, ou se mudam ao sabor de quem manda, sem defesa possível, sem justiça possível.

Dr. Jívago, de Boris Pasternark, a grandeza, a paixão que elevam o ser humano a níveis nem sempre previsiveis.

Guerra e Paz, de Tolstoi, o amor em tempo de guerra e paz.

Jorge Luís Borges e Paulo Neruda , agarrava os que estivessem mais à mão. Podia ir à internet saber o nome de uns quantos livros mas na verdade não consigo escolher.

O Nome da Rosa , de Umberto Eco, os horizontes medievais, a religião feita prisão e entrave à cultura, o "livro" esse maldito que deve estar afastado dos seres fracos e indigentes. "



O Velho e o Mar ,de Ernest Hemingway, onde o nosso inimigo se pode transformar no único amigo que nos ouve,envolvidos nas mesmas circunstências que nos ultrapassam.


A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera, o fim de um país pelos olhos de uma fotógrafa e de um cirurgião, o olhar revoltado sobre o fim de uma civilização.

E acabo com uma homenagem aos únicos dois amigos meus que são escritores. O Carlos Loures com a Sinfonia da Morte, que tanto me ensinou sobre o Regícidio e a política que nos haveria de trazer a República e o Rui Neves da Silva, com o seu Milicianos - os Peões das Nicas, um dos jovens que esteve na génese do movimento dos capitães por ter sido um dos poucos milicianos graduados em capitão.
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1 comentário:

  1. Agradeço a "nomeação", mas é excessiva. Talvez se a escolha, em vez de dez, fosse de um milhão, eu talvez tivesse alguma hipótese. Mas não seria fácil. Um abraço, Luís, e obrigado.

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