quinta-feira, 9 de setembro de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 149 e 150 (José Brandão)

Portugal Trágico

O Regicídio

José Brandão
Âncora Editora, 2008

Um Rei, um Presidente e um chefe de Governo são assassinados no mesmo País, na mesma cidade, e no mesmo ambiente de fúria.

O rei é D. Carlos. O presidente é Sidónio Pais. O chefe de Governo é António Granjo.

O país é Portugal. A cidade é Lisboa. E o ambiente é o dos anos 1908 a 1921.

Porque foi assassinado um Rei e abolida com tanta facilidade uma instituição com séculos de identidade nacional? Como e por que razão se fez tão facilmente a República em 1910?

Porque foi assassinado um Presidente que tantos adoravam e que foi o único eleito pelo Povo durante a I República? Como e por que razão tudo isto aconteceu em Portugal? Porque foi assassinado um chefe de Governo e embargada sem grande dificuldade uma esperança de viver em que muitos acreditavam? Como e por que razão se desfez tão facilmente a República em 1921?

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A Primeira República Portuguesa

Oliveira Marques


Livros Horizonte, 1980



Não se pode precisamente dizer que este livrinho fosse recebido na ponta das espadas, mas pouco faltou para tal. Da extrema-direita como da extrema-esquerda mereceu as críticas mais demolidoras e ofensivas. Por iniciativa – disse-se – dos poderes públicos fascistas, foi publicado um opúsculo exclusivamente consagrada a rebater muitas das suas hipóteses e a destruir algumas das suas conclusões. Numa livraria havida por «progressista», o livro chegou a aparecer no painel das obras não recomendadas ao público pelo seu carácter «reaccionário». Na imprensa também se atiraram a ele.

Tudo isto porquê? Essencialmente, porque o livro tinha um carácter de imparcialidade, de «não-alinhamento», pouco consentâneo aos extremismos «dialécticos» da nossa triste época e do nosso pobre país. Era um livro crítico, que procurava apenas conter história.

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