terça-feira, 21 de setembro de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 173 e 174 (José Brandão)

Sarmento Pimentel ou a Geração Traída

Norberto Lopes

Editorial Aster, 1976

Estes «Diálogos» com o autor das «Memórias do Capitão», para quem se tenha iniciado a lê-las em volume, produzem o efeito destas rotundas de parques escolhidos como ponto ideal para o visitante ouvir os rítmicos desdobramentos do «eco.

Recapitulam connosco os passos capitais da carreira do memorialista homem de armas, paralela às lides cívicas em que se viu envolvido e a que por temperamento respondeu sempre favoravelmente. 1910, 1914, 1919. 1927, ... Proclamação da República, campanha do Sul de Angola, derrota da Monarquia do Norte, ataque à ditadura saída do 28 de Maio... outras tantas gestas da longa jornada política de um homem que nunca ambicionou o Poder, mas que não consentia que ele fosse a presa dos leões de fáceis césares ou dos lobos de falsos democratas negaceando no povoado com samarras de cordeiro.

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Seara Nova – Antologia

2 Volumes

Sottomayor Cardia (Organização)

Seara Nova, 1972

O lançamento da Seara Nova em 1921 e basicamente, obra de três grandes figuras intelectuais: Jaime Cortesão, Raul Proença e Luís da Câmara Reys.

Director da Biblioteca Nacional, Cortesão era já figura de larga projecção literária e política.

A sua primeira intervenção política de certa importância parece ter ocorrido em 1908, nos primeiros dias de Fevereiro. Preparava-se a revolução republicana no Porto; colhidos de surpresa pelo regicídio, os dirigentes decidiram adiá-la para evitar confusões entre a instauração da República, que tinham por objectivo, e o atentado, a que eram estranhos. Em nome dos revolucionários do Porto, foi Jaime Cortesão incumbido de se deslocar a Lisboa, onde procurou Bernardino Machado, que lhe deu parecer desfavorável à ideia de uma revolução imediata.
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