terça-feira, 28 de setembro de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 187 e 188 (José Brandão)

Surgindo Vem ao Longe a Nova Aurora…

Jacinto Baptista

Livraria Bertrand, 1977


Jornal diferente dos outros (mesmo oposto aos outros), voz singular da Imprensa portuguesa no período compreendido aproximadamente entre o fim de primeira guerra e o advento da ditadura militar, o diário A Batalha (1919-1927) é uma das mais salientes e vigorosas projecções do nosso movimento operário organizado. A sua linha de vida – nascimento, ascensão, apogeu, declínio e morte (compulsiva) – acompanha e reflecte, durante quase uma décadas a sorte do proletariado português na fase de deterioração mortal da I República. Subordinada a uma ideologia específica – o sindicalismo revolucionário –, A Batalha não foi solidária, ou raramente foi solidária, do regime que entendia ser a expressão política do principal inimigo: a democracia burguesa. Mas apenas um ano sobreviveu o jornal operário à I República.
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Teófilo Braga
e a Lenda do Crisfal

Delfim Guimarães


Editora Guimarães, 1909




Razão de ser deste livro
Quando em Maio de 1908 tornamos pública a conclusão a que havíamos chegado de ser Crisfal um pseudónimo do autor da Menina e moça, como procurámos demonstrar no volume recentemente dado a estampa: Bernardim Ribeiro (O Poeta Crisfal) tínhamos o convencimento pleno de que seria bem acolhida por quantos se interessam pelo estudo da nossa História literária, com excepção apenas do Sr. Dr. Teófilo Braga. O laureado professor do Curso Superior de Letras não perdoa a quem quer que seja que ouse discordar de suas sentenças, nem vê com bons olhos que outros, que não S. Exa., encarem problemas que se prendam com a História da literatura portuguesa.
E neste caso do Poeta Crisfal, o sr. dr. Teófilo Braga não desejava que ninguém bulisse, pelo motivo que teremos ocasião do apontar no decurso deste livro.

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