quarta-feira, 29 de setembro de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 189 e 190 (José Brandão

Teófilo Braga e os Republicanos

Carlos Consiglieri

Vega, 1987

A preparação deste dossier, que apelidámos “Teófilo Braga e os Republicanos”, deve-se à iniciativa de José Relvas que o recolheu, como tudo indica, nos anos 20, para possível publicação.

Foi decerto nesse período, após a passagem efémera pela chefia do Governo em 1919, aquando da restauração da “República Velha” em contraposição ao Sidonismo e à Monarquia do Norte, que José Relvas procedeu â seriação e arrumo desses papéis.

É nessa altura que escreve as Memórias Políticas, documento (fundamental para a história da I República, recentemente publicado, que constitui, como assegura Carlos Ferrão, “o mais valioso testemunho até hoje aparecido sobre a preparação do movimento revolucionário de 5 de Outubro de 1910.”

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O Terceiro Governo Afonso Costa – 1917

A. H. de Oliveira Marques

Livros Horizonte, 1977

É o mais desastroso erro político para a vida nacional.

Primeiro defeito saltando aos olhos: a organização do ministério. Alguns daqueles nomes nem os mesmos partidários julgam neste momento com arcaboiço para investidura tamanha. O Presidente do, Ministério tem a atenção focada sobre tão alto escopo, que não enxerga as misérias cá de baixo. Nem o suspeita, estou em crer. Do contrário não se julgava com abastança para substituir a pouquidade governativa dalguns dos seus colegas. Ao menos os nomes desses ministros deveriam conciliar o maior número de simpatias públicas. Desde logo se oferecia menos corpo ao ataque. Não aconteceu tal, e compondo-se o ministério com alguns nomes excelentes, outros ali há dos que mais irritam uma boa parte da opinião.

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