O Dicionário Bibliográfico das Origens do Pensamento Social em Portugal é uma iniciativa que se apresenta em poucas palavras. Composto por cerca de duas centenas de publicações que de algum modo têm a ver com as origens do pensamento social em Portugal, este Dicionário proporciona uma amostragem significativa das obras que reflectem o quotidiano da sociedade portuguesa desde a primeira metade do século XIX até aos anos trinta do século XX.
Expondo grandes e pequenas obras que falam desse período historicamente rico e intenso o presente trabalho revela também os usos e os costumes da vida nas cidades num critério de selecção e organização que abarca os mais variados aspectos do viver português. Da vida citadina aos eventos nacionais, as origens do pensamento social em Portugal são aqui enunciados através dos muitos títulos expostos neste Dicionário, todos eles publicados em língua lusa e em alguns com um século de existência.
Cada um desses títulos é apresentado individualmente em três janelas. Na primeira reproduz-se a capa do livro. Na segunda identifica-se a obra. Na terceira procede-se a uma pequena apresentação da mesma. A identificação é composta pelo título, o autor, o editor e o ano de publicação. A apresentação é sempre alguma parte de texto extraído da introdução, ou do prefácio, ou mesmo do corpo principal da obra apresentada.
Trata-se de um trabalho com características e objectivos que aliam a simplicidade da exposição à utilidade do conhecimento numa consonância sempre presente ao longo das suas páginas.
José Brandão
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Este livro contém:
CONTEMPORÂNEA
ALEXANDRE HERCULANO
por Oliveira Marfins
CARTAS A OLIVEIRA MARTINS
por Alexandre Herculano
Bibliografias para o estudo da historiografia
portuguesa contemporânea, de Alexandre Herculano e de Oliveira Martins
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30 Anos do Sindicalismo Português
Alberto Pedroso
António Ventura
Lisboa, 1985
Vários factores terão contribuído de modo decisivo para o crescente impulso dinamizador da organização e da agitação operárias em várias localidades do país, muito embora, por motivos de fácil compreensão, o surto mais significativo desse movimento se venha a concentrar nas duas principais cidades, em Lisboa e no Porto, e à sua volta, e, ainda, á um tanto mais tarde, nalgumas zonas do Alentejo, nomeadamente em Évora.
Sem sobre estimação de qualquer um deles, porque a to dos consideramos convergentes, tais factores principais foram, quanto a nós: a deterioração progressiva da situação económica, social e politica duramente vivida pelo proletária do e pelas outras classes trabalhadoras nos últimos anos da monarquia, praticamente desde 1891, deterioração que mais se acentuou durante a crise de 1903-1908; a relativa aceleração do processo de concentração industrial e financeira da economia portuguesa…
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