quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dicionário Bibliográfico das Origens do Pensamento Social em Portugal (5), por José Brandão

A Arte e a Revolução Industrial Nos Séculos XVIII e XIX

Huertas Lobo

Livros Horizonte, 1985

Os fenómenos políticos e sociais espelham-se nas Artes. O Autor esboça com singular acuidade a expressão que tiveram nas Artes as diversas fases da Revolução Industrial no século XVIII (1760 a 1800) e no século XIX (1800 a 1870). Detém-se com especial atenção nos dias da Comuna de Paris (1871). Finalmente, analisa o período que engloba em parte a Revolução Industrial (desde 1870 até à I Guerra Mundial) e aquela fase do Capitalismo conhecida por Imperialismo. A panorâmica abarcou sempre o espaço português.

Em Janeiro de 1912, já na época republicana, eclodiu a primeira greve geral. O governo decretou o estado de sítio em Lisboa, encerrou à força a Casa Sindical e prendeu cerca de mil operários. A frequência de greves fez desaparecer a simpatia que a pequena burguesia sentia pelas reivindicações operárias.
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Artesãos e Operários

Maria Filomena Mónica

Imprensa de Ciências Sociais, 1986


Este trabalho debruça-se sobre os sessenta anos que vão do fim do terceiro quartel do século XIX até ao advento do Salazarismo, com uma particular incidência na última década de oitocentos, quando a mudança se acelerou. Alguns dos temas estiveram presentes desde o início – a forma como a industrialização afectou os trabalhadores ou a evolução do sindicalismo –

outros foram ganhando relevo à medida em que ia tendo contacto com o material. Destes, destaca-se em particular a questão do proteccionismo.

O objectivo central deste trabalho é a análise do momento de gestação da classe operária: procurei ver a forma como, a partir dos múltiplos afluentes que vinham do mundo pré-industrial, se estavam a criar novas solidariedades. Tratava-se, no fundo, de ver como se passara da “classe”, no sentido estrito e arcaico do termo, para uma realidade mais vasta, a “classe social”.


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A Associação

Costa Goodolphim

Seara Nova, 1974

Este volume, que agora se reedita, foi publicado pela primeira vez, em 1876, pela Imprensa Nacional.

Podemos dividir o seu conteúdo em duas partes distintas: uma primeira parte em que o autor tece diversas considerações sobre o «fenómeno associativo», quer nas suas linhas gerais quer no que respeita a Portugal; e uma segunda, esta bem mais importante, em que o autor nos informa, circunstanciada e exaustivamente, sobre o próprio movimento associativo português. O período abrangido pelas numerosas e detalhadas informações que o autor nos fornece vai desde 1838 (data da primeira associação operária portuguesa não corporativa) até pouco antes de 1876.

É óbvio que é esta segunda parte a que maior interesse possui, no que concerne à elucidação da dimensão do movimento associativo…

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