Poema e fotografia
de
José Magalhães
Na minha cidade
Nasce o Norte insubmisso
E gente de rostos rugosos
Falando com impropérios
Nasce o regionalismo com viço
E nos belos Invernos chuvosos
Também nascem os mistérios
A minha cidade
Cheira a rio e cheira a mar
E tem poentes de ouro
A enfeitar o granito.
Tem pombas a esvoaçar
Rabelos colorindo o Douro
E mar até ao infinito.
Tem uma bruma no ar
Gente que é um tesouro
E pregões ditos em grito.
Na minha cidade
Fala o pobre e fala o rico
Comendo sardinhas e iscas
Fala a voz de uma paixão
Contra qualquer mexerico
Loas aos quadrados e às riscas
Gritam na pantera e no dragão
E quando os ouço, absorto
Sinto dentro de mim um frémito,
e ouço um grito
“VIVA, PORTO,
ÉS UMA NAÇÃO!”
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
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O Porto é, de facto, uma cidade ímpar. Uma linda e única cidade. É um erro compará-la a outras cidades, a Lisboa por exemplo (embora este erro seja, na maior parte das vezes cometido pelos próprios portuenses). Estes interessantes versos do José Magalhães, lembraram-me a primeira vez que ouvi dizer que «o Porto é uma nação!» - tinha seis ou sete anos e fez-me confusão. Será, em princípio, o tema da minha crónica de amanhã.
ResponderEliminar"Eu morto no deserto e o Porto aqui tão perto". O Porto é lindo! Os nossos rios, Tejo e Douro, são os dois lindos à sua maneira. Carlos, esta canção é do Sérgio Godinho, mas não consegui encontrá-la.
ResponderEliminarComo diz o Ricardo Araújo Pereira, «o que tu queres, bem sei eu» - Augusta Clara, procura e encontrarás.
ResponderEliminarAhahaha! Tu és fora de série!
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