sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O povo e a cultura

Clara Castilho


Dia 1 de Outubro dói o dia EPAL, no Museu Nacional de Arte Antiga, que esteve aberto das 10 às 24 horas, com entradas gratuitas.

A EPAL apoia, como mecenas este Museu. Toda a população que paga a água que consome à Empresa Portuguesa das Aguas Livres, tomou conhecimento desta iniciativa, porta adentro, ao receber, em Setembro, a sua factura da água.

A questão do alargamento do horário foi para mim um incentivo. O facto de a Exposição “Invenção da Glória – Dom Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana” estar a encerrar, outro.

E, ao fim da tarde, pus-me a caminho. Eu e muitas mais pessoas. Cheio! Vi as tapeçarias, ouvi as explicações, revi os Painéis de S. Vicente, o Bosch… e jantei calmamente no jardim, numa ainda suave noite de Outono.

À saída, às 22 horas, ainda estava muita gente chegando. E espreitei o preço da entrada – 5 euros! Pois, percebe-se: uma família com 4 elementos, por exemplo, poupou 20 euros… Numa véspera de sábado, em que o levantar da cama poderia ser mais tardio, foi uma forma de não ficar em casa, frente à televisão, uma alternativa aos passeios nos centros comerciais.

Afinal, o “povão” até vai ter com a cultura, quando a cultura é acessível – grátis e a horas fáceis de serem aproveitadas. O facto de a informação ter ido ter com ele também poderá ter dado uma ajudinha.

Alguém do poder, das instituições, quererá reflectir sobre isto e tomar outras iniciativas semelhantes?

É que a educação não se faz só na escola!

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