domingo, 21 de novembro de 2010

Autores fundadores da Antropologia - 8 (por Raúl Iturra)


Sir Archibald Reginald (Birmingham, 17 de Janeiro de 1881 — Londres, 24 de Outubro de 1955) foi um cientista social britânico, considerado um dos maiores expoentes da Antropologia, tendo desenvolvido a teoria do funcionalismo estrutural. Esta forma de análise, usada por ele e vários outros, é definida como: Funcionalismo (do Latim fungere, ‘desempenhar) é um ramo da Antropologia e das Ciências Sociais que procura explicar aspectos da sociedade em termos de funções realizadas por indivíduos ou suas consequências para sociedade como um todo. É uma corrente sociológica associada à obra de Émile Durkheim. Para ele cada indivíduo exerce uma função específica na sociedade e sua má execução significa um desregramento da própria sociedade. Sua interpretação de sociedade está directamente relacionada ao estudo do facto social, que segundo Durkheim, apresenta características específicas: exterioridade e a coercibilidade. O facto social é exterior, na medida em que existe antes do próprio indivíduo, e coercivo, na medida em que a sociedade impõe tais postulados, sem o consentimento prévio do indivíduo. Entre os académicos que usaram este método analítico da conduta social, estão: Michel Foucault, Bronislaw Malinowski , Alfred Reginald Radcliffe-Brown , Émile Durkheim , Talcott Parsons, Niklas Luhmann, Louis Althusser, Nikos Poulantzas,George Murdoch,Kinglsey Davis , Wilbert Moore, Jeffrey Alexander, G. A. Cohen, Herbert J. Gans e Pierre Bourdieu.



É a metodologia usada por Radcliffe-Brown para a recolha de dados para escrever os seus textos que passo a analisar. Metodologia que começou a utilizar na sua pesquisa entre os Ilhéus do arquipélago Andaman the Birmânia, entre 1906 e 1908, como estudante do fundo Anthony Wilkin em Etnologia da Universidade de Cambridge da Grã-bretanha O seu objectivo era ser membro do Trinity College da Universidade, para se graduar em Etnologia com a colaboração do então Doutor em Etnologia, Alfred Cort Haddon (1855-1940), leitor na Universidade de Cambridge, etnólogo, ates era biólogo, e membro da Faculdade Christ's College desde 1900, e a colaboração de William Halse Rivers Rivers, da Faculdade St John’s College, English anthropologist, neurologist, ethnologist e psychiatrist ajudaram ao antigo estudante de medicina Radcliffe-Brown a se converter em Etnólogo, com formação em psicanálise.

Colaboração que foi de grande utilidade para Radclffe-Brown, que andava a analisar Ilhéus do Arquipélago Andaman do Golfo de Bengala que banha à Birmânia. O nosso autor estudou os Andaman na época em que Etnólogos e Arqueólogos analisavam as suas instituições e costumes. Não foi em vão que William Rivers organizara uma expedição ao Estreito de Torres para compilar dados de como éramos antes de ser o que hoje somos. O Estreito de Torres é uma larga savana da água, entre Australia e as Ilhas Melanésicas ou Melanesian island de New Guinea. Seu comprimento é de 150 km (quase 93 milhas marítimas).

Ao Sul, limita com a Cape York Peninsula, o extremo mais ao norte continental do Estado Australian de Queensland. Ao norte o seu limite é Western Province do Estado Independente de Papua New Guinea. Sítio do estudo de Radcliffe – Brown, por iniciativa de Haddon, para estudar as instituições e a sua gestão. Rivers era necessário por causa de ser psicanalista, Seligaman, patologista, um professor primário para entender como eram ensinadas as crianças, Sidney Ray e o jovem estudante de 1890, Anthony Wilkin, para fotografar espécies raras. Esta viagem ao Estreito de Torres marcou uma ponta de viragem na ciência antropológica. Era a primeira vez que académicos iam a terreno. O que pensavam encontrar, não existia. Era bem mais complicado: formas de matrimónio, significado de palavras, compromissos, organização social e outras funções de interacção bem mais complexas do que era esperado. Foi o motivo pelo que animaram a Radcliffe-Brown a estudar as funções sociais que eles não conseguiam entender com o seu saber ocidental.

Com as pesquisas e descobertas de Radcliffe-Brown, todos os formados em patologia, zoologia, ciências da educação, passaram a ser antropólogos, após as explicações do nosso autor. A primeira ideia de Radcliffe-Brown foi distinguir entre significado e função. Significado era o conteúdo de uma Função social. Os académicos antigos, estudavam a narrativas do mito, sem entrar pelo seu significado. Significado que Sir Archibald soube explicar no seu texto a função do mito, por exemplo. O significado é o conteúdo do facto. Há palavras que falam por elas próprias, como essa explicada por ele: a da Polinésia Tapu, traduzida ao ingluês como Taboo encontrada por ele nas suas pesquisa na ilha Manus e que explica na sua lição Frazer de 1939, impressa pela Cambridge University Press esse mesmo ano, diz que em toda sociedade há comportamentos permitidos e outro proibidos e punidos.

A punição não é apenas como no ocidente, onde está estabelecido que tabus são proibições para relações sexuais entre parentes consanguíneos, mas não apenas. Palavra introduzida da polinésia, que significa, principalmente, o quebre de regras sociais, a desobediência a um chefe, punição de crianças para não se intrometer em ideias e matérias definidas como o saber dos adultos.

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