sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dicionário Bibliográfico das Origens do Pensamento Social em Portugal (23), por José Brandão

Integração e Ruptura Operária


1836-1875

Carlos da Fonseca

Editorial Estampa, 1975

Este livro é uma tentativa de racionalizar o estudo das forças determinantes da sociedade portuguesa durante o século XIX.

O quadro cronológico, 1820-1873, é caracterizado por dois momentos importantes: a vitória burguesa que eliminou o velho regime e a ruptura operária provocada peta A. l. T., ou seja, a passagem ao liberalismo cosmopolita e ao internacionalismo proletário.

O período a examinar não é exclusivamente dominado pela luta entre a burguesia e o proletariado. As coisas não são tão simples como querem fazê-las alguns historiadores da nossa praça. Os conflitos que se impõem ao historiador são essencialmente as dissensões entre os diferentes estratos da burguesia, os tipos e sectores da produção, os discursos ideológicos, etc.
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A Introdução do Marxismo em Portugal


1850-1930


Alfredo Margarido

Guimarães Editores, 1975

A maneira como se processaram a introdução e difusão do marxismo, são questões fundamentais, para o esclarecimento da teoria e da prática, sociais.

Tais questões têm sido disfarçadas, a ponto de ser impossível ainda há pouco definir as linhas fundamentais da relação entre o marxismo e o proletariado.

Este texto não pretende esgotar a questão, mas quer definir os marcos essenciais da introdução do marxismo, tanto na relação com a ideologia dos universitários e dos intelectuais, como na maneira como o proletariado o reconheceu e o integrou.

Ressalta, entre o mais, a maneira como o proletariado anarco-sindicalista assegurou a tradução e a circulação dos principais textos marxistas.

Alfredo Margarido, exilado em Franca desde 1964, interveio activamente no combate contra o colonialismo português.

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Jaime Batalha Reis na Rússia dos Sovietes

Joaquim Palminha da Silva

Afrontamento, 1984


Jaime Batalha Reis na Rússia dos Sovietes ou «dez dias que abalaram um diplomata português»! Título provocador. Trata-se de demonstrar, nestas páginas, a tortuosa emergência de um certo tipo de pensamento político do cidadão Jaime Batalha Reis, visto através das duas revoluções russas, «Fevereiro» e «Outubro», quando foi ministro plenipotenciário da República Portuguesa, primeiro em S. Petersburgo, junto do governo czarista. depois na mesma capital, baptizada de Petrogrado actual Leninegrado, junto dos sucessivos governos provisórios e, finalmente. sem o reconhecer, junto do governo bolchevista.

O nosso material documental foi obtido com os seguintes elementos. telegramas enviados por vários representantes da República Portuguesa, acreditados junto dos governos de países europeus e asiáticos …

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