segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dicionário Bibliográfico das Origens do Pensamento Social em Portugal (33)

Palavras Necessárias

Bento Gonçalves

Porto, 1973



No plano dos factos, pesem embora as circunstâncias, que o autor refere, de só ter utilizado dados de memória, na medida em que reconstitui, com grande soma de pormenores, acontecimentos e a actuação de homens que de alguma forma marcaram a trajectória do movimento operário. Mas sobretudo no plano crítico, em que a análise de Bento Gonçalves representa o primeiro trabalho que, numa perspectiva marxista-leninista, e em combate às concepções dos socialistas e dos anarco-sindicalistas, se debruçou sobre o desenvolvimento, até aos anos 30, do movimento operário português.

___________________


Para a História do Movimento Comunista em Portugal
(1919-1929)

João G. P. Quintela



Afrontamento, 1976


Tentar ver claro na história do movimento comunista (e isto tanto vale para o movimento comunista internacional como para o movimento comunista português) pode dificilmente passar por diligência gratuita.
Por um lado e mais vale explicitá-lo desde já, trata-se de procurar no passado as raízes profundas do presente, dos problemas e das dificuldades que defronta hoje o movimento operário português.
Por outro, agora que o proletariado e as massas populares em Portugal começaram de novo a trilhar o caminho da autêntica autonomia de classe, parece essencial restabelecer com verdade e independência a tradição revolucionária de luta da esquerda operária e camponesa.

___________________

Para a História do Sindicalismo em Portugal


Alexandre Vieira

Seara Nova, 1974

A publicação em 1970 do livro de Alexandre Vieira «Para a história do Sindicalismo em Portugal» revelou, no limiar de uma nova década, a urgência de uma preocupação que até então tinha estado ausente da historiografia portuguesa; isto é a tentativa de compreender a formação do operariado e das classes trabalhadoras portuguesas, a sua inserção no processo produtivo, as formas organizativas que resultaram da dinâmica da sua movimentação colectiva, a sua influência no devir da sociedade portuguesa e nas suas opções ideológicas.
Não era apenas a «história» do operariado e das classes trabalhadoras portuguesas que estava por fazer; era também toda a história do nosso passado recente e de certos aspectos da sociedade oitocentista portuguesa que era quase totalmente desconhecida…

_________________

Sem comentários:

Enviar um comentário