domingo, 21 de novembro de 2010

Dicionário Bibliográfico das Origens do Pensamento Social em Portugal (38)


O 1º de Maio em Portugal
1890-1990

Carlos da Fonseca


Antígona, 1990



A presente obra, além de historiar, de forma, aliás, deveras objectiva, as comemorações que entre nós se fizeram, desde 1890 a 1990, do 1.º de Maio ª o simbólico Dia do Trabalhador -, ela tem ainda um duplo mérito. Por um lado, o de esclarecer, com seguras provas documentais, o quase permanente clima de confrontação da nossa classe operária, desde a época da Comuna de Paris até aos nossos dias, dividida, primeiro, entre anarquistas e comunistas; depois, sobretudo, entre comunistas e socialistas, pleito esse que veio a culminar com o 1.º de Maio de 1974; por outro, fornecer aos interessados no assunto as pistas da vasta documentação ainda hoje disponível acerca de tão relevante aspecto do nosso passado sociopolítico, nomeadamente pelo que respeita a jornais, revistas e panfletos.

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Questões Sobre Movimento Operário Português e a Revolução Russa de 1917

José Pacheco Pereira


Porto, 1971

É significativa a sua penetração nos bairros «vermelhos» do centro de Lisboa, onde habitava um lumpen-proletariado urbano bastante numeroso, como no campo alentejano na multidão de assalariados agrícolas, verdadeira vanguarda de muitas lutas decisivas dos anos de 1910 a 1926. Por seu lado o P. C. P. é de facto uma organização de base operária, semelhante na sua composição às organizações anarco-sindicalistas, de modo nenhum tendo uma composição predominantemente pequeno-burguesa. Embora esta composição se alterasse nos diferentes anos entre 1921 e 1929, o P. C. P. era formado regularmente por operários dos arsenais (Marinha e Exército) e das fábricas de armas, alguns ferroviários, marinheiros, trabalhadores rurais, operários padeiros e confeiteiros, sectores da construção civil, metalúrgicos, etc.

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