Retrato da Lisboa Popular 1900
António Barreto/Maria Filomena Mónica
Editorial Presença, 1983
No princípio do século ainda a reportagem fotográfica não estava generalizada na imprensa e já a topografia era uma moda: vendiam-se inúmeros postais e os cidadãos iam tirar retrato aos ateliers. Por motivos diversos, a fotografia demorou algum tempo a entrar nos jornais e nas revistas. Nestes, reinavam ainda o desenho e a gravura, mas eram os seus últimos anos. Conhecem-se pouquíssimos exemplos, entre nós, no século XIX, de utilização da fotografia na imprensa diária ou semanal. Ao dobrar do século, ainda são as gravuras que testemunham da viagem do Rei ao Porto, do lançamento ao mar de um moderno vapor em Inglaterra, duma viagem de exploradores ao Norte de Moçambique, ou da última moda feminina chegada de Paris. A transformação é simultaneamente rápida e gradual: as primeiras fotografias vão-se infiltrando.
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Revista Inglesa
(Crónicas)
Jaime Batalha Reis
Publicações Dom Quixote, 1988
Com a publicação destas crónicas, agora reunidas em volume, a que Jaime Batalha Reis, seu autor, deu o nome genérico de Revista Inglesa pretendemos contribuir com mais um dado para o conjunto de conhecidas obras de escritores oitocentistas portugueses que se propuseram transmitir-nos, quase no final do século passado, a «fisionomia» da Inglaterra vitoriana e de seus habitantes.
Quando aludimos a escritores oitocentistas queremos referir-nos, em especial, ao Eça das Crónicas de Londres e Cartas de Inglaterra, ao Ramalho do John Bull e ao Oliveira Martins da Inglaterra de Hoje.
Convém, no entanto, adiantar que são bastante diferentes os pontos de vista em que uns e outros se colocaram. Ramalho Ortigão e Oliveira Martins descreveram-nos a Grã-Bretanha e os que nela viviam como viajantes que, de passagem, apreciam os fenómenos sociais,
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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