Luis Moreira
É mais ou menos isto a mensagem que nos foi transmitida pelo candidato Cavaco Silva, perante a voluntariedade do tambem candidato Fernando Nobre.
Cercado pela implosão económica e social que está aí, Cavaco Silva, esconde-se nos argumentos virtuais que não podem ser confirmados ou desmentidos. Eu falei, eu reuni, eu devolvi, eu sei qual é o caminho, eu aconselhei, eu não conheço o orçamento mas sei que não seria o meu...
Fernando Nobre ganhou pontos, bem se sabe que perante as sondagens, com a excepção de Cavaco, quem quiser ganhar tem que se mostrar, arriscar voluntarismo e patriotismo, e foi o que Nobre fez e bem. Cavaco corre um perigo, que é que se perceba que o seu calendário foi o da sua candidatura e não o do interesse nacional.
Não juntou as eleições Legislativas e Europeias o que lhe daria informações importantes para tomar decisões antes dos seis meses em que não poderia dissolver a Assembleia da Republica; viu o PEC1 e o PEC 2 serem cilindrados um após outro sem mexer uma palha; viu o orçamento de 2010 resvalar sem fazer esforço nenhum para chamar à razão o executivo, a verdade é que se ele, Cavaco Silva, em vez de estar em Belém estivesse em Boliqueime a política tinha sido rigorosamente igual ao que foi.
Fernando Nobre deu um bom exemplo, com o médico que receita um medicamento que vai matar o doente, pois se o próprio ministro das Finanças diz que o Orçamento de 2011 vai aumentar o desemprego, levar o país à recessão e à implosão social, porque aviará, o doente , a receita?
Quem ouviu e viu estes dois candidatos já pode fazer uma ideia do debate entre Alegre e Cavaco. Alegre a dizer ( o que não agradará nada a quem o apoia) que teria feito isto e aquilo e Cavaco a dizer o mesmo de sempre, se não fosse ele isto estaria muito pior!
Poderia estar pior? E Alegre a dizer que não, está o pior possível, o governo é muito mau, vai ser giro!
sábado, 18 de dezembro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário