quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Dicionário Bibliográfico das Origens do Pensamento Social em Portugal, por José Brandão, (61)

O Ultimatum Inglês

Nuno Severiano Teixeira

Publicações Alfa, 1990

O estudo sobre o ultimatum inglês de 1890, com que abre a presente colecção, ilustra com particular felicidade a intenção que nos norteou.

O seu autor, Nuno Severiano Teixeira, consegue reconstituir a complexa trama de relações que se estabelecem entre os diferentes agentes políticos em causa, dando-nos ao mesmo tempo um retrato vivo das traumáticas reacções que a humilhação britânica desencadeia na sociedade portuguesa da época.

No momento em que se evoca o centenário deste acontecimento que tão profundamente marcou a nossa contemporaneidade, nada mais oportuno do que iniciar a colecção «Testemunhos Contemporâneos» pela divulgação deste excelente trabalho de investigação universitária, que aqui sofreu por parte do autor as necessárias adaptações para uma mais fácil leitura.

António Reis
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Uma Educação Burguesa

Vasco Pulido Valente

Livrros Horizonte

O estudo que seguidamente se poderá ler é, de facto, um «estudo» na acepção mais elementar do termo.




Ou seja, á um trabalho de «pesquisa de informação», de carácter preliminar, a que em rigor talvez nem se devesse dar publicidade, limita-se a reunir uma certa quantidade de informação: não a discute; não a interpreta.Não foi deixado na gaveta, que amplamente merecia, por duas razões. Em primeiro lugar, porque no estado actual da historiografia portuguesa, uma simples recolha de informação tem ainda a sua utilidade. Em segundo lugar, porque é permitido esperar que alguém possa vir a servir-se dos elementos aqui reunidos para fazer o que o autor, entretanto desviado para outras tarefas, não fez. pensar sobre eles.

Este estudo foi escrito em 1968: agora apenas se corrigiram os erros mais comprometedores, os juízos mais precipitados, as ingenuidades mais embaraçosas e o «word-wasting» mais óbvio.

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Últimos Tempos de Acção Sindical
Livre e do Anarquismo Militante

Manuel Joaquim de Sousa

Antígona, 1989

Este livro cobre o essencial da actividade do movimento anarco-sindicalista português no período compreendido entre 1925 e 1938, anos críticos em que o movimento teve que enfrentar, numa primeira fase, a progressiva limitação das liberdades sindicais e, mais tarde, com Salazar, a repressão policial e a consequente vaga de prisões. Este volume inclui, precedido de uma introdução de Carlos da Fonseca, as «Memórias de Manuel Joaquim de Sousa, contadas por ele próprio, até aos 20 anos de idade», um texto autobiográfico julgado perdido.

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