Quem não o conhece? A meu ver, dispensa apresentações. Sus = porco (latim), de hus (grego) = porco; scrofa = porca (latim).
Claro que recordo o meu primeiro encontro com um javali! Quase parecia um urso, tal era a emoção… foi no Parque Nacional da Peneda-Gerês, precisamente no primeiro dia da minha primeira experiência profissional e em que fiz trabalho de campo sozinha. Que estreia! Caminhava no mato há umas horas, quando fiz uma pausa para reavaliar o trilho por onde me deslocava e o detectei em silêncio. Atrapalhadamente tirei a máquina fotográfica da mochila e ainda consegui fazer um registo ainda que distante. Ainda hoje o guardo com carinho. Tinha que partilhar a emoção com alguém… telefonei… “Pai! Estou a ver um javali!” Disse-o tão alto (valha-me a inexperiência!) que o pobre animal rapidamente me localizou e desatou a correr… parecia que ele é que tinha visto um grande urso(a)!
Depois deste primeiro encontro, outros de sucederam, de Norte a Sul do país, entre as estevas, nos pinhais, nos eucaliptais… adultos e inclusive pequeninos de pijaminha. As crias até aos 3-5 meses apresentam listas horizontais na pelagem, que me fazem lembrar um pijama. Parece-me valentia humana, sentir que este animal intimidador está por perto… a adrenalina sobe, mas nem por isso trepo a árvore mais próxima.
É muito engraçado ouvir o roncar quando se aproximam a grande velocidade e toda a vegetação seca parte e estilhaça debaixo das suas poderosas patas e do pesado corpo (o recorde de peso pertence à Europa Central e é de 230kg!).
Há quem diga que há javalis a mais, há quem diga que estão em regressão… pois eu acho que no que respeita a animais, há lugar para todos… desde que haja uma correcta gestão das espécies e dos habitats, e já agora… das mentalidades.
Curiosidades: Possui fraca visão, mas a audição, o olfacto e o tacto são bem desenvolvidos, este último especialmente na extremidade do focinho, que lhe permite por exemplo, distinguir diferentes qualidades de batatas;
O macho tem uma espécie de carapaça (espessa camada de cartilagem sobre o tórax), que o protege nos combates.
Como sempre um encanto, Andreia!
ResponderEliminarFui eu quem disse
ResponderEliminarAndreia , não estejas triste por causa da tua atrapalhação, eu que sou "caçador sem arma" vou com os amigos observar os animais, quando vi "um navalhete" (aqueles com as presas desenvolvidas)apanhei um susto de que só recuperei uns kms depois...
ResponderEliminarQue bom, Andreia, trabalhar sempre ao ar livre :)
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