Carlos Loures
Foi aí que, em 1931, no 6.º ano, teve Marques Braga como professor de Literatura Portuguesa. Um mestre que nunca mais esqueceria. Seguir-se-á a Faculdade de Letras.
Logo no segundo ano do curso universitário, José Pedro Machado teve como professor de árabe David de Melo Lopes, o grande arabista, autor de obras como Expansão da Língua Portuguesa no Oriente nos Séculos XVI, XVII e XVIII (1936). Por essa altura, foi convidado a trabalhar no Centro de Estudos Filológicos, vindo grande parte da investigação aí feita a ser posteriormente publicada. Em 1939, concluída a licenciatura, David Lopes e José Leite de Vasconcelos recomendaram-no para o lugar de leitor de português na Universidade de Argel. Chegou mesmo a ser nomeado. Teria sido uma grande oportunidade para José Pedro aprofundar o seu conhecimento da língua e da cultura árabe. Porém, nesse mesmo ano eclodiu a Segunda Guerra Mundial e essa interessante hipótese esfumou-se. Ainda a convite do professor David Lopes, integrou a Comissão do Dicionário que a Academia das Ciências de Lisboa projecta para 1940 (e que só viria a ser editado mais de 60 anos depois, em 2001 pela Editorial Verbo e sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian).
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
José Pedro Machado - I
Carlos Loures
A organização da Maratona Poética e outras actividades do Estrolabio, vieram interromper a série de textos que tenho vindo a dedicar a amigos que já partiram. Hoje vou ocupar-me de um desses amigos: José Pedro Machado, um grande filólogo que as pessoas conhecem sobretudo pelos seus dicionários – além do monumental «Grande Dicionário da Língua Portuguesa», o “Onomástico” e o “Etimológico”. Bem como uma extensa lista de obras sobre linguística. Uma vida dedicada ao trabalho, ao estudo e à divulgação do saber.
Porque sobre a vida pessoal de José Pedro Machado (1914-2005) não haverá acontecimentos muito espectaculares a referir. Pessoa tranquila, cordial, não terá vivido muitas aventuras dignas de menção, nem se lhe conhecem episódios heróicos ou de grande relevância. No seu período de maior actividade profissional, o ensino ocupava-lhe grande parte do dia. Foi um bom estudante, obtendo sempre elevadas notas, e um excelente professor que marcou positivamente a vida de muitos dos seus alunos, quer na Universidade, quer nas escolas do Ensino Secundário onde exerceu docência. Fugindo sempre a preconceitos elitistas, partilhou os seus conhecimentos de uma forma aberta e generosa, colaborando em numerosos jornais – entre outros, no Diário de Lisboa, no Diário de Notícias, em A Capital, e em diversos jornais regionais, mantendo com regularidade os seus «consultórios», colunas de resposta às questões colocadas pelos leitores, esclarecendo, ensinando sempre.
A organização da Maratona Poética e outras actividades do Estrolabio, vieram interromper a série de textos que tenho vindo a dedicar a amigos que já partiram. Hoje vou ocupar-me de um desses amigos: José Pedro Machado, um grande filólogo que as pessoas conhecem sobretudo pelos seus dicionários – além do monumental «Grande Dicionário da Língua Portuguesa», o “Onomástico” e o “Etimológico”. Bem como uma extensa lista de obras sobre linguística. Uma vida dedicada ao trabalho, ao estudo e à divulgação do saber.
Porque sobre a vida pessoal de José Pedro Machado (1914-2005) não haverá acontecimentos muito espectaculares a referir. Pessoa tranquila, cordial, não terá vivido muitas aventuras dignas de menção, nem se lhe conhecem episódios heróicos ou de grande relevância. No seu período de maior actividade profissional, o ensino ocupava-lhe grande parte do dia. Foi um bom estudante, obtendo sempre elevadas notas, e um excelente professor que marcou positivamente a vida de muitos dos seus alunos, quer na Universidade, quer nas escolas do Ensino Secundário onde exerceu docência. Fugindo sempre a preconceitos elitistas, partilhou os seus conhecimentos de uma forma aberta e generosa, colaborando em numerosos jornais – entre outros, no Diário de Lisboa, no Diário de Notícias, em A Capital, e em diversos jornais regionais, mantendo com regularidade os seus «consultórios», colunas de resposta às questões colocadas pelos leitores, esclarecendo, ensinando sempre.
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