sexta-feira, 25 de junho de 2010

Criança uma obra em aberto - jogar/brincar

Clara Castilho


A euforia dos jogos de futebol passam-me ao lado. Sendo do tempo dos 3 F’s (Fátima, Futebol e Fado), continuo a sentir alergias.

É bom haver algo para entusiasmar as pessoas, mas é mau que a união se faça só em torno de questões deste tipo.

Para mim o futebol é o do vídeo que aponto (sapo.pt – “A Bola”). Neste sentido, sou até capaz de sugerir a pais de certas crianças (meninos e meninas) que os inscrevam em clubes de futebol… E até invento que sou da “Académica” ( do mal o menos…) quando vejo no olhar de uma criança que a vou desiludir imenso se não tiver um clube desportivo. Este vídeo, é claro que é feito por profissionais e com objectivos bem claro e necessários. No entanto, a verdade é que as crianças são capazes desta criatividade. O que é de nos deve incentivar a continuar a apostar nelas. E no JOGO. O futebol enquanto jogo, enquanto prazer do movimento, enquanto aprendizagem de regras, de saber estar concentrado, de esperar a sua vez… (ah, aprender a esperar a sua vez, a respeitar os outros, isto está cada vez mais difícil!) É este futebol que gostaria que houvesse por todo o lado no nosso país, onde as crianças tivessem espaços para se movimentarem (sobretudo nas cidades), onde se pudessem deslocar livremente sem que os pais sentissem receios. E um tempo, também, em que as crianças tivessem tempo para brincar! E brincar ao ar livre, não “brincar” em jogos de computador, ou entregues à televisão”babby sitter” (Play em inglês = jogar, brincar). Este é um assunto importantíssimo a que se tem que dar maior atenção. Onde estão as “cidades educadoras”? Onde está a aplicação do artº 31 da Convenção sobre os Direitos da Criança?


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