segunda-feira, 7 de junho de 2010
Galego - português – idioma universal (poucas palavras e quatro vídeos)
Começámos com palavras de Caetano Veloso num concerto em Santiago de Compostela, em 21 de Julho de 2008 na Praça Quintana dos Mortos. Confirmando a afirmação do grande cantautor brasileiro, Elias Torres, Professor Titular da Universidade de Santiago de Compostela e presidente da Associação Internacional de Lusitanistas, numa entrevista ao Portal Galego da Língua – http://www.pglingua.org/ – usava como metáfora uma situação de um conto de Álvaro Cunqueiro: «a Galiza está sentada sobre um tesouro e nom o sabe». Esse tesouro a que o Professor se refere é, obviamente. a língua galego-portuguesa, um idioma falado por cerca de 240 milhões de pessoas, ultrapassando línguas de grande prestígio, como o francês, o alemão e o italiano. A nossa língua comum é a terceira mais falada nos continentes africano e europeu e, segundo projecções baseadas na evolução demográfica dos oito Estados e nove nações (com a Galiza) que têm o idioma como língua oficial, deverão totalizar 350 milhões de habitantes em 2050.
Como Elias Torres salienta e podereis escutar no vídeo abaixo, a Galiza, não tendo contenciosos históricos nem com Portugal nem com nenhum dos outros países integrantes do espaço lusófono, poderá constituir um «magnífico ponto de encontro». Ademais, acrescentamos nós, a Galiza é o berço do idioma, embora tenha sido no Sul, em Portugal, que ele se tornou autónomo da matriz neolatina e, furtando-se à aculturação castelhana, se transformou na língua universal que hoje é - com Fernão Lopes, com Gil Vicente, Camões, António Vieira...
Mas ouçamos um excerto dessa entrevista:
Outra importante entrevista foi a que Carlos Quiroga, professor titular de literaturas lusófonas na Universidade de Santiago e Director do Conselho de Redacção da Revista Agália, deu também ao mesmo blogue. Esta entrevista, tal como a primeira, incidiu sobre a comemoração do centenário de Ricardo Carvalho Calero, acontecimento que Estrolabio irá seguir com atenção e à qual iremos dedicar vários posts.
Estrolabio irá publicar textos sobre a obra de Ricardo Carvalho Calero, neste ano do seu centenário. Por outro lado, a partir de amanhã, incluiremos um espaço lusófono que, não sendo diário, será frequente. Chama-se “Terreiro da Lusofonia”, sendo dedicado aos sons, às palavras e às cores do países onde se fala a nossa língua, por onde irão passando escritores, músicos, pintores...Sempre que possível, mostraremos exemplos de colaboração entre artistas de nacionalidades diferentes. Como exemplo, deixo-vos com Uxia Senlle, a grande cantautora galega, cantando “Verdes são os campos”, um poema de Luís Vaz de Camões, musicado por José Afonso. O nosso Zeca, aquele que um dia disse: “A Galiza é a minha segunda pátria!”.
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...de lusófono não te sairá a memória...
ResponderEliminarViva o galego útil.
Galegos,
ResponderEliminaro isolacionismo, não passa disso mesmo, ORGULHOSAMENTE SÓS! Esse foi um erro grave na história de um país... que não se repita noutro...
Somos milenares, já cá estavamos quando os romanos ocuparam as nossas terras. Não permitamos que se continue a massacrar a nossa herança celta.
Pois!
ResponderEliminarGrande entrada.
Aguardo pelo seguimento do Ano Carvalho Calero:
www.carvalhocalero2010.net
Abraço!
Obrigad@s! Mais uma pérola:
ResponderEliminarhttp://aglp.net/images/stories/flip8.jpg
Isabel e José - o Estrolabio dedica um espaço diário à Galiza, ou à Catalunha ou a Olivença. Temos um catalão entre os nossos fundadores (Josep Vidal) e dois activistas da luta por Olivença (Carlos LUna e António Marques). Os galegos não nos ligam nenhuma. Bem gostávamos de um galego (a) na nossa equipa. Isabel? José?
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