1908 Do Regicídio à ascensão do Republicanismo
Jorge Couto
(Apresentação)
Ministério da Cultura, 2008
1908 foi marcado pelo Regicídio, ocorrido em 1 de Fevereiro, o que provocou a queda da ditadura de João Franco, cujo governo tomara posse em 1906. Três dias antes, verificou-se uma tentativa de golpe revolucionário, de cariz republicano, em sequência da qual D. Carlos assinou um decreto que previa a deportação para o Ultramar daqueles que atentassem contra a segurança do Estado. D. Manuel subiu ao trono e foi empossado um novo governo, de «Acalmação», chefiado por Ferreira do Amaral, que não chegou ao final do ano, sendo substituído por Campos Henriques.
É uma viagem pelos principais acontecimentos de 1908 o que pode visitar nesta mostra, através das primeiras páginas de jornais e de alguns livros publicados nesse ano, como O Marquês de Bacalhoa, de António de Albuquerque, cuja principal personagem é o rei D. Carlos e que, apesar de apreendido, foi um sucesso editorial.
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Documentos Políticos Encontrados nos Palácios Reais Depois da Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910
Lisboa, 1915
Em sessão de 13 de Julho de 1911 votou a Assembleia Nacional Constituinte uma proposta do Deputado Eduardo Abreu para que uma comissão de cinco Deputados fosse encarregada da grave missão de inquirir, por todos os Ministérios, da existência de quaisquer documentos encontrados nos paços reais, dando, com urgência, conta do seu mandato em relatório onde consignasse o parecer sobre a importância ou oportunidade da publicação.
Na discussão dessa proposta, o seu autor, concordando em que nem todos os documentos deveriam ser publicados, desejou entretanto saber se eles pertenciam ou não à Nação; respondendo-lhe, por parte do Governo, o Ministro do Fomento que, «tendo o Governo apenas a responsabilidade da sua guarda e não o exclusivo do seu conhecimento, em nada a proposta do Deputado Eduardo Abreu era contrária ao pensamento do Governo ou aos interesses da Nação… ».
sexta-feira, 25 de junho de 2010
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