segunda-feira, 12 de julho de 2010

Florbela Espanca e Luís Represas no Terreiro da Lusofonia


Florbela Espanca não necessita de apresentações, para mais voando até ao Terreiro da Lusofonia transportada na música e pela voz do Luis Represas, que igualmente dispensa palavras e apresentação. Recordamos o que de essencial há para dizer sobre Florbela:

Florbela Espanca , nasceu em Vila Viçosa em 8 de Dezembro de 1894 e morreu em Matosinhos em 8 de Dezembro de 1930. O seu nome completo é Flor Bela de Alma da Conceição. Um dos grandes vultos da poesia portuguesa, viveu no percurso dos seus trinta e seis anos um universo de amor e de angústia que converteu nas sublimes palavras dos seus versos. Um universo a que pôs fim, suicidando-se. Quem melhor do que Florbela Espanca para nos dizer, na música e na voz de Luís Represas o que é Ser Poeta ( de Charneca em Flor):





Obra principal - Poesia:  Livro de Mágoas (1919);  Livro de Sóror Saudade (1923); Charneca em Flor (1931);  Juvenília: versos inéditos com estudo crítico de Guido Battelli. (1931); Sonetos Completos (Livro de Mágoas, Livro de Sóror Saudade, Charneca em Flor, Reliquiae, 1934). Prosa:  As Máscaras do Destino (1931);  Diário do Último Ano.( Prefácio de Natália Correia, 1981); O Dominó Preto  (Prefácio de Y. K. Centeno, 1982).

E aqui deixamos um outro soneto de Charneca em Flor:

Vaidade

Sonho que sou a Poetisa eleita,

Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!


Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!


Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a terra anda curvada!


E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho... E não sou nada!

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