Luís Moreira
António Vilarigues é um cronista do Público que sempre leio.Ele é comunista, eu sou social-democrata,o que não impede de estar muitas vezes de acordo com o que escreve.O mesmo acontece com a sua crónica de ontem.
Que a URSS esteve na vanguarda das conquistas dos trabalhadores, que muitas das políticas que levaram ao Estado - Providência, nasceram nos países comunistas. Que foi nessa dialéctica,entre a força do capitalismo e das respectivas classes dominantes e do medo que estas tinham da força dos trabalhadores, que nasceram as maiores conquistas do Estado-Providência.
Concordo e subscrevo que esse equilibrio mundial em muito contribuiu para que os liberalismos glutões e sem regras refreassem os seus apetites, e que ao seu desaparecimento corresponda a cavalgada sem freio do capitalismo que nos atirou para um mundo pior e mais injusto.
Mas então,cabe perguntar,porque ruíram esses países ? O autor não chega a essa pergunta que se impõe fazer no seu texto, porque a resposta seria muito dolorosa para um comunista convicto. Se o sistema tinha tão grandes méritos porque não teve o povo a defende-lo? Os povos a defenderem um sistema amigo, não seria o normal?
A minha resposta, que vale o que vale,(nasce de uma convicção e do que aconteceu) é que o ser humano,logo que tenha as suas necessidades básicas satisfeitas, exige o exercício da liberdade. Liberdade de expressão,liberdade de escolher os seus representantes,liberdade de escolher os caminhos da sua vida e da sua família.
A liberdade é parte integrante do ser humano!Nenhuma ditadura se aguenta muito tempo sem o suporte da repressão e aí começa o seu fim!
À direita e à esquerda não há alternativa para mais e melhor democracia!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
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As razões por que a União Soviética colapsou, são de diversa natureza - o sistema que de um proejcto socialista, em 1917, se convertera sete décadas depois em puro capitalismo de Estado, não resistiu às contradições em que se foi enredando; por outro lado, um estado artificial, como era o caso, para mais hegemonizado pela Rússia, tem sendência a desmoronar-se. Estes dois elementos, contradições internas e explosão de nacionalidades subjugadas, levam a concluir pelo diagnóstico de implosão. Mas não devemos ignorar a pressão que do exterior, sobretudo a que era exercida pela outra super-potência, foi um permanente factor desestabilizador. Não sei se, falando só na Rússia, se a "democracia" controlada por máfias é melhor para os cidadãos que um "socialismo" protegido pelo KGB.
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