quinta-feira, 2 de setembro de 2010

E o desemprego não desce...

Luis Moreira

A Espanha vai acima dos 20%, nós nos 11% e outros vão sem estarem melhores que nós. É uma das faces invisiveis desta crise, como diz o Prémio Nobel Paul Krugman. Mesmo com a economia aqui e ali a dar sinais de recuperação, como acontece com a Alemanha e com as nossas exportações e com os BRIC a evoluirem a 5/6% cá, no Ocidente, o desemprego chegou para ficar.

Nos US já se fala, insistentemente, numa nova fornada de incentivos financeiros a injectar na economia, com receio que os que foram retirados o tenham sido precocemente. Outra hipótese é que o corte na despesa pública e o congelamento de salários, contraindo a procura interna tenha sido um travão forte demais. Podemos morrer da cura.

A inflação comporta-se razoavelmente na ordem dos 2% afastando assim, o perigo de uma desinflação que nos poderia empurrar para uma recessão, tal como aconteceu ao Japão, que anda há anos a ver se consegue ver-se livre dela.

Entre o estatismo e a mão invisivel dos mercados não há certezas, como se tem visto, as certezas é que podem ambos errar e, só admitir isso, já é um grande avanço. Outro avanço é que aquela de termos entrado em último e saído em primeiro é para elevar a moral, não se sabe o que vem aí, dizia-se ou, antes, tinha-se a esperança que fosse uma recuperação em U, descia e subia a seguir, não parece, é mais para W...

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