sábado, 21 de agosto de 2010

Exposição no Espaço VerbArte Ethel Feldman e Adão Cruz

O Sentido das Coisas

 
Não sei qual o tamanho
do tempo
nem quanto tempo
levo para entender
o sentido das coisas.
Quando passeio
tudo lembra
o que julguei ter vivido
Lugares que não visitei
parte da memória
desejada
No bosque fui amada
Tão violentamente
entregue ao momento
que me desfiz na paisagem.

Memórias inventadas.
Se a vida me deu
esta estranha forma de agir
é porque nunca
entendi o verdadeiro
sentido das coisas.
Quando a morte me visitar
terei de gritar:
ESTOU AQUI!
Corro o risco dela
se perder de mim
Pode o tempo ser eterno
paciente comigo
a verdade é que me perco
sem nunca entender
Qual o sentido das coisas

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