quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mortos: 300 000 Iraquianos/1 500 americanos

Luís Moreira

"Uma morte é uma tragédia; 300 000 são uma estatística" não sei quem disse isto mas tem absoluta razão, não há, aliás, capacidade emocional para lidar com um número destes senão transformado num valor estatístico.. Os americanos, com a possível excepção da Grande Guerra, na Europa, onde se metem militarmente, dão um exemplo deplorável de uma nação democrática.


As Forças Armadas são sustentadas pelos impostos dos contribuintes americanos que tambem entram com os filhos, estes como soldados, que abrem caminho aos negócios das empresas americanas e das dos seus "amigos" europeus (mas pouco). Acostumaram-se, agora é dificil travá-los, afinal foi o que fizeram em plena crise, "socializaram os prejuízos e privatizaram os lucros".

A verdade é que todos os políticos (com a honrosa excepção de Blair que tem às costas um processo crime por ter mentido ao seu povo) que juraram a pés juntos que tinham visto armas nucleares no Iraque, foram todos devidamente agraciados (Portas foi mesmo aos US receber a "comenda") e Durão foi para a UE fazer o que gosta. Reuniões, declarações, televisões e nenhum problema concreto para resolver (é muito português este gajo).

Agora, com o "rabo entre as pernas" vão sair, com uma guerra civil à vista, ainda hoje morreram dezenas de pessoas num atentado, 100 Saddam prontos a discutir o poder e a arrasar com o resto do país e do povo. Mas esta humilhação, é muita cara, depois do Vietnam ficaram vacinados por alguns anos, mas logo que pressentiram que o povo, o bom povo, tinha esquecido e acabado de chorar os seus entes queridos, voltaram ao que melhor sabem fazer.

A pata imunda do poder militar, pode esmagar sem contemplações quem se lhes opõe.

2 comentários:

  1. É tudo isso que dizes Luís, e muito bem. Mas é muito mais do que isso, muito mais bárbaro do que isso, muito mais cruel do que isso, muito mais destrutivo e arrasador do que isso. O que se sabe e o que se não sabe.
    Já reparaste nas quase inexistentes manifestações de reprovação deste monstruoso crime contra a humanidade, por parte das mais importantes instituiçoes deste planeta, nomeadamente a Igreja, moralmente obrigada à mais viva denúncia? .

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  2. A Igreja está sempre do lado do mais forte. Ao contrário do que pregou Jesus...

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