Contas Públicas em exame
Educação representa 31% da subida dos gastos do EstadoO JN, e o Jornal de Negócios em primeira página , apresentam títulos que deixam grande parte da classe em desespero. O montante dos vencimentos subiu uns milhões e há esturro com as horas extras! No aumento da despesa pública 31% refere-se à educação.
Que nunca mais compram o JN, tal como nunca mais compraram o Expresso, depois de uma notícia que, pelos vistos, só eles não esqueceram. Não devem os jornais noticiar o que não agrada à classe de professores? Nenhum professor nega a notícia mas todos a justificam, ora com "mais assessores lá na minha escola", Direcção cheia de "gente que não faz nada" ( esta já sabíamos, meu caro)...
O que impressiona na classe é que parece que não conhecem o país onde vivem e trabalham. Reivindicação atrás de reinvindicação como se no país não haja gente sem trabalho, ou pior, gente que trabalha e não sai da miséria. Os professores ganham bem mais que a maioria dos portugueses ( a maioria dos trabalhadores não ganha mais que 600,00 euros) têm condições muito melhores de trabalho, de carreira, de garantias para o futuro do que a maioria que não tem vínculo para toda a vida a uma entidade patronal.
Colocar as suas questões como se fossem as prioritárias num país pobre e injusto, só lhes retira credibilidade, tanta como não quererem perceber que enquanto não tivermos uma escola de excelência, andarão a queixarem-se uns aos outros e a maioria da população a não compreender. Esta noção que a população não lhes reconhece credibilidade é muito frequente no discurso dos professores.
Agora são os jornais que estão contra os professores, ontem a classe política, depois os desempregados, os jovens que, licenciados como eles, nunca tiveram nem vão ter emprego, se o quiserem têm que emigrar para o estrangeiro. E nós a ouvirmos como reinvindicação a colocação numa escola lá do bairro...
Eu sei que num país onde há pensões de muitos milhares de euros e vencimentos de milhões a vontade é ir ao "pote de mel", todos pensamos assim, todas as corporações pensam assim, mas a pensar assim, este país é governável?
O título dá a resposta!Não há contas nacionais que resistam!
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