sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Propostas indecentes !


Luis Moreira


Orçamento de Estado.

Em tempo de PEC (era para controlar as contas, dizem os pândegos...) cresce a receita em 5.3 e cresce a despesa em 5.6, o que só confirma o que já sabíamos. O dinheiro na mão dos governantes é como amendoim na casa dos macacos, nunca chega. Quer dizer o déficite em vez de baixar subiu cerca de 473 milhões. A nossa proposta, é que não haja discussão de Orçamento para 2011, usa-se o de 2010, não sobe a despesa nem a receita, e com duodécimos ninguem morre, e acaba-se já com esta guerrilha verbal para português ver...

Orçamento base zero

Técnica há muito conhecida, em vez de se projectar o Orçamento a partir de todos os erros do anterior, parte-se do zero. Como dá trabalho, proponho que se comece pelas fundações ( dezenas...) analisar caso a caso, as que não têm razão de existir, adeus ó vindima , acabar com elas em menos de um fósforo, mas não deixar que se criem outras tantas nos meses seguintes.
A seguir analisar as Comissões( às centenas...) que ninguem controla, mas que dão senhas de presença aos tais que ganham "só " o vencimento, o carro, a secretária e o motorista.
A seguir analisar os senhores e senhoras que à sombra do Estado têm mais que um emprego, dão aulas, são vogais disto e daquilo e, as mais das vezes, ainda tiram umas pensões por terem estado uns meses numa qualquer empresa pública.

Execução orçamental

Premiar quem conseguir executar minimamente o orçamento de investimento, segundo as boas práticas orçamentais e partilhar com os serviços quem conseguir poupar na execução do orçamento de exploração. Como sabem o truque é ao contrário, para que não hajam cortes orçamentais no ano seguinte, gasta-se tudo, o que há e o que não há para se arranjar pretexto para se pedir mais no ano seguinte. As noites de Novembro, último mês para a execução orçamental, são uma perdição com os serviços a gastarem tudo o que puderem: mais papel, mais pessoas, mais dinheiro para os gastos do gabinete, mais para a água,luz,combustível, combustíveis...

E, nos assessores, consultores, juriconsultos começar por cortar 2/3 e pôr os técnicos da administração pública a trabalhar porque não só são capazes como, nas mais das vezes, são eles que orientam os cérebros que nos custam milhões. Claro, depois há umas compensações...

PS: Esta consultoria é grátis...

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