quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Republica nos livros de ontem nos livros de hoje - 107 e 108 (José Brandão)

Memórias Políticas

Volume – 1

José Relvas

Terra Livre, 1977

Estas rápidas páginas são o depoimento duma testemunha, que acompanhou a Revolução portuguesa, desde o seu período de preparação mais activa até à proclamação da República.

Na sucessão vertiginosa dos acontecimentos, decorridos desde o advento de João Franco, frequentes vezes verifiquei como se originavam versões erradas, como se desvirtuavam intenções, ideias e factos, que mais tarde podem concorrer para uma falsa noção histórica desse período de gestação, tão atormentada, da democracia republicana. Para reconstituir com exactidão a História são indispensáveis as Memórias redigidas com a serenidade de quem está já isento de paixões, alheio às lutas, que, após a Revolução e em todos os países, sempre acompanharam os primeiros tempos dum regime novo.

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Memória Políticas



Volume 2

José Relvas

Terra Livre, 1978

Escrito sob a forma de «Cartas a um amigo», o III e último capitulo deste volume é a narrativa dos trabalhos e canseiras em que o autor se consumiu, como chefe de Governo de curta duração que se encarregou do rescaldo da tentativa de restauração monárquica que naquele ano foi o epílogo do consulado sidonista, período laivado de sangue e luto que ia destruindo a República e cavou entre os republicanos um fosso jamais colmatado.

José Relvas pôs, na execução dessa tarefa, a sua capacidade de conciliador e muito conseguiu no meio da tempestade que era a herança de uma época – o sidonismo – das mais tristes e sangrentas da nossa história. Foi essa a última e assinalada contribuição que prestou ao regime.

A República contou-o, com razão, entre os seus mais dedicados obreiros.

Carlos Ferrão

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