Não sinto nada, se nada sinto
Não sinto nada, se nada sinto, enquanto sinto.
Não sei a cor do poema, nem a tonalidade da cor
Se o que que sinto fosse sentido, tudo teria feito sentido.
Um dia se não me faltar coragem
Um dia se não me faltar coragem, digo que quero casar.
Por detrás de uma coluna, escondida, acompanho-o todos os dias. Chega às nove, pede um café. Enrola um cigarro. Quando tira a caneta estremeço.
- Uma aguardente José...
Com o copo na mão esquerda, no bloco de notas escreve um verso.
Se a minha sombra tocasse seus pés sentiria de leve o seu pulsar. Quando cruzasse as pernas saberia se era feliz a rima.
- Mais um café...
No almoço ele se vai. No jantar sonho que come o dia.
Quando me deito ajoelho, junto as mãos em respeito a Nosso Senhor e prometo:
- Amanhã Senhor, digo ao senhor Caeiro que é de Sua vontade que eu seja sua esposa até que a morte nos separe.
Se me beijar vou beber todas suas palavras já escritas. Quando suspirar vou sentir seu coração inquieto.
Ah, Senhor o amor terá o tempo da borboleta que ele escreve em seus versos.
Se o senhor Caeiro hesitar abro meus braços, dou de boa vontade um abraço. Peço em segredo mais um poema.
Amanhã Senhor, amanhã.
Sinto a noite agora noite, tão noite, que noite me sinto
domingo, 5 de setembro de 2010
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Carlos! Obrigada pela tua edição. Gostei, gostei, gostei. :)
ResponderEliminarBeijo
Não tens que agradecer. É sempre um prazer.
ResponderEliminarLindíssimo!
ResponderEliminarEthel, gostei muito dos teus poemas de hoje. Obrigada. Um beijinho.
ResponderEliminarObrigada :)- beijinhos de novo
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