quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A nossa encantadora Natureza - 5 - por Andreia Dias

Borboleta-monarca (Danaus plexippus)


Esta borboleta é muito conhecida pelas longas migrações anuais que efectua desde a América do Norte até ao México. Como não consegue sobreviver aos rigorosos Invernos do Norte, inicia longas viagens de 4000km todos os Outonos. Em cada Primavera, as borboletas rumam para Norte onde acasalam, põem os ovos e morrem quase de seguida.

Actualmente encontra-se nos cinco continentes. As borboletas fixam-se onde exista a sua planta hospedeira, a Asclepia cuvassarica. Em Portugal, começou por ser observada na Ilha da Madeira onde encontrou a planta e as condições ecológicas de que necessita. Começaram a ser observadas mortas junto à costa, no Algarve e actualmente existem aí colónias estáveis (desde o final dos anos 1990). É exemplo uma colónia reprodutora com centenas de indivíduos na ribeira de Seixe, na Serra de Monchique. Aqui as borboletas descobriram uma planta, a Gomphocarpus fruticosus (Falso-algodoeiro), uma espécie de origem afro-asiática, que adoptaram para proliferar por ter compostos químicos semelhantes à de que dependem originalmente.



Não se sabe exactamente como ocorreu a emigração, mas as borboletas poderão ter sido transportadas por navios, tanto adultos como larvas em plantas hospedeiras. É muito provável o envolvimento humano no processo, mas não se sabe ao certo, visto estarem aptas a realizar longas viagens.



Curiosidades: Como efectua migrações com milhões de exemplares todos os anos, pela altura do dia de finados, os mexicanos vêem-nas como almas dos seus antepassados.

8 comentários:

  1. Andreia,se não são estas são parecidas. Em Iguaçu,(entre o Brasil e a Argentina) nas quedas de àgua, há milhões de borboletas de todas as cores, de todas as espécies, que pousam nas mãos das pessoas. Fixei para sempre, como última imagem daquela visita maravilhosa, o vôo de milhares de borboletas que tingiam de amarelo toda a parte direita do comboio (electico) que me transportava , voando em formação, numa sintonia absoluta.

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  2. Que beleza de borboleta e de texto, Andreia.

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  3. Estou cheia de inveja do seu encontro com milhões de borboletas... que sorte!
    Muito obrigada pelos comentários!

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  4. Andreia, gosto muito de borboletas. Tenho uma colecção de borboletas do Perú (embalsamadas, não é? :() que, há muitos anos, me enviaram de lá, à guarda da tripulação dum avião para que não lhes acontecesse nenhum desastre. Sempre que mudei de casa, nunca confiei as minhas borboletas a ninguém. Se conseguir tirar uma boa fotografia, mando-ta.

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  5. Andreia, uma amante da natureza com tu tem que ir aquela parte do mundo. Jovens biólogos ,fantásticos, que vivem a milhares de Kms das cidades, que se dedicam de corpo e alma, às baleias, aos Pinguins "magalhães" aos elefantes marinhos...a Terra já foi assim, como se conserva ainda naqueles lugares,bela, apaixonante, temos um sentimento de respeito por tanta beleza e tanta poesia.Vim de lá com lágrimas nos olhos e conheço meio mundo!

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  6. Andreia, e agradeço que me rates por tu, Luis, afinal sou quase da tua idade...

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  7. Augusta, fico então à espera da foto das maravilhosas borboletas do Perú :-)obrigada!
    Luís, não tenho dúvida que tenho que conhecer essa parte do mundo... e se tudo correr bem, poderá ser já num futuro próximo :-) Mas já me dedico "demasiado" aos bichos... nos últimos 4 anos passei mais de meio ano no "mato" com as nossas águias de Bonelli...sózinha! Sei que não há leões, nem crocodilos à solta, mas a paixão e a emoção para mim, é a mesma :-)já as trato a todas pelos nomes...

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  8. Os teus colegas, da Patagónia,conhecem as baleias porque elas voltam todas os anos a um santuário onde têm os bébés com 2 tonelagas de peso.A que ficou minha amiga, estive a uns metros dela, mostrava a alegria, colocando-se na vertical com meio corpo de fora.Era conhecida por isso.

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