Tenho uma e outra vez escrito que a escola pública só terá futuro se sair das mãos dos burocratas dos Sindicatos e do Ministério, Tudo o que está no centro das preocupações daqueles burocratas pouco tem a ver com a escola e os alunos, são antes, jogos de poder que se perpetuam, precisam uns dos outros, sem uns não existem os outros. Só saímos deste círculo infernal se os professores, os pais, as instituições civis e profissionais, as autarquias, tiverem uma palavra forte e quebrem de vez esta correia que empurra a escola pública para o abismo.
Tenho trazido aqui, ao estrolabio, várias cartas que são publicadas nos orgãos de comunicação social por professores que, desiludidos, não alimentam a "treta" oficial das vítimas do regime. Pensam com a própria cabeça.Temos mais uma:
"... o ME organizou o concurso de professores de tal forma que as escolas públicas com contrato de autonomia não puderam recrutar pessoal docente de entre os candidatos ao "concurso nacional para professores contratados.
Por que razão os serviços centrais do Ministério impediram que professores mais habilitados e mais experientes fossem colocados nas escolas com autonomia, colocando-os nas escolas sem autonomia? "
"...esperam que as escolas com contratos de autonomia redundem num fracasso, total ou parcial, impedindo-as de ter acesso aos professores mais habilitados e experientes...?
Como se vê não interessa a ninguem, e muito menos a estes burocratas recostados nos seus empregos para toda a vida, que se reforce a coesão do quadro de professores, nem que se melhore o seu nível pedagógico e, muito menos, que se reforce a proximidade entre professores e alunos, estabilizando essa relação. O que interessa é manter a ideia que é possível que os professores sejam todos colocados ao "dobrar da esquina" mantendo acesa a vela da indignação .
"...ou seja, como as escolas com autonomia não podem reconduzir os docentes que contratam anualmente...só lhes resta contratar dezenas de novos professores, com todas as consequências negativas que isso acarreta para a "estabilidade do corpo docente das escolas". Estes são os factores de sucesso nunca tidos em conta para a colocação dos professores, di-lo o Professor José Eduardo Lemos, Director da Escola Secundária de Eça de Queiroz de Póvoa de Varzim.
Na voragem da mentira os resultados estão aí, para quem quer ver...
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
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