Ethel Feldman
Quem dera ser
eternamente gueixa/beijar teus mamilos doces
passear-me em ti e adivinhar-te húmida
Tua língua no meu corpo
tua pele quase rosa, suada em cada pedaço de mim que espera por ti.
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(Gravura de Eisho Chocosa. Arte erótica japonesa - Arte Shunga)
domingo, 12 de setembro de 2010
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Ethel, tu realmente davas para gueixa, mas uma gueixa com qualidade, não uma gueixa "xunga"...:-) a ginástica" dos comparsas é deveras complicada.
ResponderEliminarE, além disso, há ali "uma promessa" que aconselho a não levarem a sério.Aquela saliência, com aquela dimensão é para humilhar o "macho latino".
ResponderEliminarLuís, a gueixa será xunga, mas aqui trata-se de arte shunga, desenhos eróticos do século XVII em diante. O exagero nas dimensões dos genitais, era uma das características. Esteticamente, acho de gosto duvidoso (mas a verdade é que não sou de orientalices - deve ser uma reacção contra as malditas lojas dos chineses...). A maior parte das pessoas, acha muito bonito - o que não me influencia minimamente. O poema da Ethel, que é subtil, para mim, fica prejudicado pela grosseria primária do desenho. Mas gostos não se discutem.
ResponderEliminarO poema é bem melhor e isso é que é importante, o desenho não me choca, embora possa chocar outros. é a virtude da liberdade que regamos todos os dias.
ResponderEliminarA arte erótica japonesa, o traço fino a contrastar com o exagero, é um diálogo que me inspira. Carlos, a arte oriental tem tanta subtileza! Na nossa maratona poética não abordámos os haikus, poemas de uma beleza rara.
ResponderEliminarGostei da gravura, não quero chocar ninguém e se ela fere, por favor retira-a.
Beijo
A arte oriental - chinesa, japonesa, indiana, sempre me desagradou, sempre me pareceu primária e grosseira, folclórica no mau sentido, excessiva nas cores. Mas sei que a maioria das pessoas a considera subtil, exótica, profunda, harmoniosa... A mim não me choca e não creio que alguém se sinta ferido. Se assim for, têm o direito de o manifestar
ResponderEliminarGosto da poesia árabe - Síria, Irão, Iraque, Al-Andalus. Os meus gostos orientais ficam por aí.
ResponderEliminarnem pensar, não choca ninguem e se chocar passa à frente e diz alguma coisa, para acertarmos agulhas.
ResponderEliminarDeves saber, Carlos que para os japoneses a arte se faz pelo olhar subtil da realidade. Há quase um tratado sobre a sombra e a luz, na beleza no que é sugerido em face do que é exposto. E a arte japonesa nada tem a ver com a chinesa. As cores são pálidas, os traços delicados, a expressão rigorosa e sintética. Em comunhão com a natureza a arte tenta dialogar, nunca querendo ser mais do que a natureza em si mesma. Faço origami desde pequenina, é a arte da atenção e disciplina e ao mesmo singela, onde uma linha pode dizer mil expressões de amor. Um dia Carlos faço-te um tsuru, e desejo-te mil anos de vida feliz. Os meninos japoneses aprendem a matemática apoiados do origami, e a primeira operação que se ensina é a divisão, porque segundo eles sabemos de pequeninos partilhar - o bol de aniversário que se divide em tantos pedaços a dar, etc..). Para mim, isto é poesia.
ResponderEliminarMinha amiga, não me faças tsurus, nem origamis e tsunamis muito menos. Um cozido à portuguesa far-me-ia mais feliz. Sei que os orientais são requintados e subtis e essas coisas todas. Que lhes faça bom proveito. Respeito profundamente as civilizações que não compreendo (como é o caso); Se quiser estar atento vejo que a arte chinesa é (ainda) mais pacóvia do que a japonesa e que os indianos não ficam atrás de uns e outros. Não reabras a discussão da poesia que já estava lá no outro texto a entrar no ocaso. Enfim, se tu gostas da arte japonesa,o que se há-de fazer? E não vou aqui discutir a natureza da arte, porque até poderia colocar a questão - será que é arte?
ResponderEliminarups! já não está aqui quem falou!
ResponderEliminarassim apetece ser vegetariana!
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