sábado, 4 de setembro de 2010

República nos livros de ontem nos livros de hoje - 139 e 140 (José Brandão)


Perfil de Sidónio Pais

Bruno de Montalvão

Lisboa, 1942

Sidónio Pais ocupa lugar de relevo no conjunto de valores da nossa Raça.

O seu nome pode inscrever-se na galeria dos mártires e, por isso, tem um lugar escolhido no meu coração,

Nunca recebi qualquer benesse da política ou da obra sidonista e no entanto, à medida que o tempo passa mais se afervora o meu culto e a minha admiração por essa nobre figura de português.

Se este pequeno e singelo preâmbulo à «Vida e Obra de Sidónio Pais», trabalho a que pacientemente me tenho dedicado, for agora bem acolhido pelo público, não me furtarei a lançar à luz da publicidade essa obra em que procuro focar, com a maior clareza possível, a vida, a obra e as intenções do desventurado Presidente.

O AUTOR

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O Poder e o Povo

(A Revolução de 1910)

Vasco Pulido Valente
Moraes Editores, 1982

Da revolução de 1820 à queda da Monarquia, em 1910, a Coroa apoiou invariavelmente os partidos moderados «cartistas» contra o perigo do jacobinismo urbano. E excepto por breves intervalos, estes conseguiram prevalecer sobre as forças «democráticas» e radicais, a que apenas se aliaram nos mais negros dias da guerra civil Entre 1847 e 1852, a esquerda pequeno-burguesa dissolveu-se em dúzias de facções impotentes ou foi absorvida e domada pela Regeneração. A nova burguesia terra-tenente, financeira e comercial dos «barões» liberais dominou o Estado, quase sem desafio, até 1903-1905. Os médicos, advogados, professores, oficiais, funcionários públicos, comerciantes, pequenos empresários da indústria oficinal e médios proprietários rurais, que haviam dirigido a ala intransigente do «Vintismo», a revolução de Setembro e a revolta da Patuleia ficaram sessenta anos numa posição subordinada.
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