sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um sopro de vento

Adão Cruz

Um sopro de vento

na janela entreaberta
depôs no chão
uma folha desajeitada.
Ela assustou-se
apertou os olhos
espremeu uma lágrima.
Serenamente
vestiu a saia
e disse que não voltava.

10 comentários:

  1. Adão,a mulher a ir embora, repete-se nos teus bonitos textos.

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  2. Não passamos a vida a fugir uns dos outros? Alguém disse que temos mais medo do amor do que da morte. E eu acho que é verdade.

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  3. encerra a música em ti/ fecha a porta do céu/ reabre o universo/que nasço de novo/a cada segundo morto/ partida revisitada/ te encontro/ de novo.

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  4. Augusta, a grande diferença é que o amor não está ao alcance de todos, embora todos o possam e queiram ter.

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  5. Não sei se concordo contigo a 100%, Luís. Acho que não. E dar? Não é só querer ter. Está bem, às vezes, andamos todos trocados :)

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  6. Essa, agora, Luís! Hás-de me explicar isso melhor. O que é que isso quer dizer?

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  7. Augusta, amar é uma arte, a maioria das pessoas não tem as condições afectivas suficientemente desenvolvidas, é preciso maturidade, com todas as qualidades que a maturidade trás,paciência, capacidade de dar,não ser egoísta...é preciso muita qualidade humana para amar. O resto são paixões que deixam um sabor amargo, mas que devem ser vividas.

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  8. todo ser humano quer ser feliz, têm em si a capacidade inata de amar.

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  9. Inata pode ter mas não suficientemente desenvolvida para manter uma relação amorosa.Infelizmente, o amor não é para todos. Nem o amor é para todos.

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  10. Acho que o amor é mesmo para todos, Luís. Vou por aqui, neste espaço fazer uma provocação, porque aqui todos param para ler. Desculpa-me, Adão!
    O post Suicídos na France Telecom tem um silêncio que pertuba, ou andamos todos indiferentes?

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