sábado, 16 de outubro de 2010

Amar

António Sales


Recordo palavras que dissemos
dores que plantámos
na esperança magoada
dos sentimentos repartidos.

As linhas unidas de uma vida
guardam as flores do nosso riso
colhendo a felicidade do prazer
na alegria em dar e receber.


Foram chamas de amor
na leveza das mãos sonhando os corpos,
espigas de ternura
fortalecidas na fé de acreditar.


Resistiram a tudo
contra a força dos ventos que vencemos
e dessa forma sincera e livre
aprendemos a ler os soluços do olhar
onde nos encontrámos sem falar.

2 comentários:

  1. Mas que coisa linda! Os poetas começaram a "explodir" aqui no Estrolabio. Daqui a nada já não há arquivo que resista aos meus poemas preferidos só dos estrolabianos. Obrigada, Sales. Que bonito poema.

    ResponderEliminar
  2. Eu é que lhe agradeço o seu comentário. Foi preciso chegar a velho para escrever poesia.

    ResponderEliminar