A Criação da União Operária Nacional
César Oliveira
Afrontamento, 1973
Quando iniciámos o estudo das relações entre o operariado português e a República democrática logo se nos tornou imperioso analisar, para além da crítica à democracia burguesa que o movimento operário elaborou, duas ordens de factores; a primeira, respeitante à organização real das classes trabalhadoras, à dimensão social da sua força, ao poder da sua acção como classe no defrontar dos vários níveis em que o capital (em qual quer das suas formas) exerce o seu domínio; a segunda, referente não apenas à ideologia dominante no seio do próprio movimento operário, mas também procurando descortinar, ao processo social português, essa mesma ideologia, sempre entrevisto em íntima conexão com o movimento operário europeu.
A fraqueza ou a força de qualquer formação social medem-se, historicamente, não só pelo seu triunfo definitivo mas ainda pela sua capacidade em granjear conquistas…
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A Crise do Liberalismo
e das Primeiras Manifestações das Ideias Socialistas em Portugal
(1820-1852)
1ª edição
Victor de Sá
Seara Nova, 1969
Posso por isso concluir que me considero satisfeito? Não, muito longe disso! Chegando ao cabo do meu trabalho, reconheci que ele não constituía afinal senão um primeiro esforço na vida da história social, que passou entretanto a avassalar-me. Porque, se tinha conseguido resolver alguns dos problemas iniciais, a verdade é que muitos aguardam solução e outros novos foram ainda surgindo.
É plenamente consciente destas insuficiências que submeto o meu trabalho à crítica, confiando na compreensão dos meus leitores mais exigentes para a amplitude e dificuldade da tarefa que me fixara.
No fim deste trabalho cumpre-me mencionar alguma das preciosas ajudas que encontrei para poder levá-lo a efeitos. Assim, é para mim o mais agradável dos deveres agradecer ao Doutor Léon Bourdon, meu director de tese, o seu valioso encorajamento para os meus esforços.
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Cronologia de Henriques Nogueira
António Carlos Leal da Silva
Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1982
Espírito inovador virado para o futuro e, todavia, empenhado em preservar um património de tradições milenárias; aberto à história e à experiência contemporânea de todos os povos, sem perder de vista as raízes e a mais concreta actualidade do Pais e das suas regiões; pioneiro do associativismo nas oficinas e nos campos, que sempre denunciou a hipertrofia do Estado; defensor dos pobres, dos humilhados, que jamais reconheceu na luta de classes a cura de seus males; castigador de um moralismo hipócrita, a que contrapunha uma moral de genuíno cunho evangélico; precursor da República, que preconizava para o clero um superior e alargado papel na educação da juventude, no saneamento dos costumes, na assistência aos deserdados da vida; realismo e sonho, audácia temperada de moderação assim reconhecerá Henriques Nogueira quem venha a abeirar-se da sua Obra.
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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