(Dedicado à Augusta Clara)
eu acredito que vens
neste céu de cabelos soltos
e seios ao vento
nesta fome de corpo e pensamento.
Tu vens
eu sei que vens
é hora de vires
nesta vespertina voragem de felicidade
neste céu da cor da angústia.
Tu vens
construir a Primaveraem teu vestido branco de espuma
dominar meu indómito cabelo
com jogos simples dos teus dedos.
Eu quero acreditar que tu vens
pegar docemente nas minhas mãos cegas
e delas fazer uma flor de acácia
com que amacias os lábios
e abres o cofre dos teus seios de fogo.
Tu vens
eu sei
por isso sou feliz no meu silêncio.
Dói-me não ser poeta para te retribuir o que recebi da mesma maneira
ResponderEliminarEu perante esta qualidade do Adão não tenho como oferecer-te um poema, Augusta. Sobra-me a vontade, falta-me o talento!
ResponderEliminarA intenção também conta, Luís. Obrigada.
ResponderEliminarCom rasgos destes, que mais há para dizer? Nada, apenas ouvir e deliciar-me.
ResponderEliminarpaxiano