Aliás, a lei Nº 65, de 1977, de 26 de Agosto da República de Portugal, diz: A Assembleia da República decreta, nos termos dos artigos 167º, alínea c), e 169º, nº 2, da Constituição, o seguinte:
Artigo 1º
Direito à greve
1 – A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores.
2 – Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve.
3 – O direito à greve é irrenunciável.
No entanto, como é bem conhecido, a burguesia apoderou-se desse direito quando Sua Excelência – forma de tratar no Chile os Presidentes da República – o Dr. Salvador Allende, médico e político, foi eleito para a mais alta magistratura da Nação. Bem sabemos que a eleição foi renhida e teve que ser referendada pelo Congresso Nacional em pleno se o candidato não atinge a maioria absoluta. Sua Excelência ganhou o primeiro lugar, apesar de não ter maioria absoluta, conquistou o primeiro lugar com 36,2% dos votos, contra 34.9% de Jorge Alessandri, o candidato da direita, e 27.8% do terceiro candidato, Radomiro Tomic, cuja plataforma era similar à de Allende. Como a Constituição chilena previa a necessidade de "maioria dupla" (no voto popular e no Congresso), difíceis negociações foram entabuladas para a aprovação do nome de Allende no Parlamento. Após o brutal assassinato do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas chilenas, o general constitucionalista René Schneider, perpetrado por elementos ligados à Pátria y Libertad, Allende teve, finalmente, seu nome confirmado pelo Congresso chileno.
Como tenho comentado noutros ensaios meus neste sítio de debate Estrolabio, o Presidente sabia que tinha pouco tempo para governar como devia ser e começou de imediato com o seu programa de governo. Esse programa baseava-se na repartição da riqueza para todos serem iguais, ideia retirada da doutrina científica de Karl Marx, doutrina que orientava as suas ideias legislativas. A sua primeira actividade foi nacionalizar os Bancos, normalmente geridos com dinheiro estrangeiro e com gestores de outros países, ou dos Estados Unidos de América, ou pelos britânicos ou chilenos que transaccionavam com moeda estrangeira. Nomeara uma economista para observar a nacionalização, como Presidente do Banco Central, que geria as actividades de todos os outros, Noémia Kafka, a minha colega de ensino na Universidade de Cambridge. Ironias da vida: os Kafka , judeus, tinham procurado asilo no Chile para fugir da perseguição fascista da Europa. A sua filha teve que fazer o contrário…A seguir, nacionalizou as empresas geridas por ingleses, suíços, alemães e, naturalmente, pelos cidadãos norte-americanos.
O ponto mais pesado foi a reforma da propriedade da terra. O seu lema era que a terra é para quem a trabalha. Os proprietários de Haciendas e fundos, entregavam a gestão a um capataz ou administrador e exerciam as suas profissões na cidade de Santiago ou outros grandes centros de comércio, como Valparaíso e Concepción.
A burguesia começou de imediato com os seus protestos e desfilavam em frente do palácio de Governo, La Moneda, batendo tachos vazios com colheres de pau, aço ou prata. Acções concertadas pela ideologia de ultra fascista Pablo Grez, ideólogo do Movimento Pátria e Liberdade, sindicato burguês que geria a ideologia dos seguidores dos Partidos Conservador e Liberal, grupos antigos que governavam a República desde a sua fundação en 1810 até a eleição do primeiro Presidente burguês, Arturo Alessandri Palma, pai do candidato derrotado, que tinha sido Presidente do Chile nos anos 50 do século passado.
Este facto deu aço para um lema: em momentos de perigo, o país acode aos seus grandes velhos. Alessandri Rodríguez tinha já 80 anos quando foi, contra a sua vontade, candidato da direita chilena. Campanha que lhe custara a sua paz e a vida, faleceu pouco tempo depois da eleição de Salvador Allende.
Pátria e Liberdade via avançar as reformas e temiam ficar sem dinheiro, ao que estavam habituados. Mais do 60% de população era pobre e um baixo número, entre médio rico, a denominada classe média e um 10% de imensas poses no país e fora dele. A burguesia, alarmada, teve duas ideias: a primeira, comprar dólares, vender os seus bens, como no Portugal do 25 de Abril de 1974, e fugir, como grande parte da nossa família. A segunda, foi a ideia de Grez, quem morrera assassinado pelos seus jovens amantes, de bater na porta da CIA.
O Presidente reinante nos Estados Unidos, Richard Nixon, instruiu de imediato ao seu Prémio Nobel da Paz, o judeu Henry Kissinger, para activar à força de espionagem e começar a campanha de levantar as Forças Armadas, contra o seu comandante, o Presidente da República. Com sucesso. A burguesia tinha formado o seu sindicato, aberto contas bancárias fora do Chile, e iam sistematicamente a Escola Militar, Naval e de Aviação, para atirar milho e trigo, comida de aves, por considerar que os militares eram galinhas, termo usado para os cobardes no chileno castiço. Um militar desprezava às pessoas galinhas e sentiam-se ofendidos e humilhados por esta forma de agir, especialmente de mulheres, contra eles. Muitas dessas mulheres eram casadas com membros das Forças Armadas, o que incrementava a sua menos valia.
E o dia da justiça para os militares chegou, com o apoio da burguesia e da pouca aristocracia que ainda existia no país. Pelo que, para minha vergonha como chilenos e familiar de um membro sublevado, o Almirante Merino, e de um torturador cujo nome vou omitir por respeito a família e porque acaba de falecer. O Palácio de Gobierno foi atacado por aviões Hawker –Haunters da marinha dos Estados unidos, que com toda precisão bombardearam ao nosso Presidente. Presidente que teve a valentia de morrer no alto cargo para o qual tinha sido eleito, pela sua própria mão.
A greve da burguesia não teve maior sucesso. Pensavam que seriam chamados a governar, mas o ditador foi como o nosso libertador Bernardo O´Higgins, foi-se desfazendo dos seus camaradas de golpe, relevou do seu cargo ao traidor auto nomeado General dos Carabineros – a PSP de Portugal – mandou assassinar a Gustavo Leigh, sem sucesso, ganhando mais um inimigo com poder nas Forças Armadas, indigitou Generais do Exercito como Ministros, auto proclamou-se Director Supremo, mas 19 anos depois de tanto crime cometido, a própria burguesia reconheceu o seu erro, até derrubar ao ditador e tornar o país uma democracia, como sempre tinha sido.
A burguesia marchou duas vezes: uma, por engano, contra o Presidente da República livremente eleito, e outra, contra um senhor Picunche que nem sabia falar, mas sim cometer crimes dentro e fora do país. Ditador que faleceu réu da justiça, só e abandonado até pela sua antiga apoiante burguesia, que fez greve para o ter no sítio principal, reconheceu o seu erro, e A Sua Excelência o Presidente Allende teve um funeral de Estado, 20 anos depois…Os enganos da burguesia são de alto perigo, nem os seus sindicatos funcionam. Acabam de perder o mando por não se saber unir para a eleição do novo Presidente Piñera, Ministro de Economia e professor em investimentos do velho ditador. A greve burguesa acabou outra vez com um fascista no governo.
Chile tem uma curta memória…
Os sindicatos são uma boa maneira de controlar os trabalhadores. A CGTP é o braço armado do PCP, como é público e notório e eles não escondem; a UGT tem como secretário geral há 20 anos um conselheiro nacional do PS; e os TSD têm como secretário geral um dirigente nacional do PSD. Desde Reagan e Tatcher que se sabe isso.
ResponderEliminarLuís,
ResponderEliminarAprende um pouco de História. A "boa maneira de controlar os trabalhadores" custou demasiado "sangue, suor e lágrimas" aos próprios trabalhadores para que, se não insistires em falar do que ignoras, consigas continuar a afirmar isso com tal desprendimento e ausência de remorso.
Não vou ocupar aqui espaço com informações que tu mesmo deverias sentir-te no dever de procurar, antes de dizeres tais banalidades.
Ainda há pouco foi editado nos EUA um excelente trabalho sobre a construção e o percurso dos sindicatos (para o bem e para o mal, é preciso é saber de que se fala) nesse país (livro apresentado no "meu" Daily Show).
A prestigiadíssima Smithonian Institution, que inclui um gigantesco repositório da história americana e tem "sítio" na net, não esconde a duríssima luta dos trabalhadores americanos na constituição dos seus sindicatos, nem a sangrenta repressão que sobre ela se abateu. Lá estão os factos e também as canções de trabalho e de luta pela "Union", em registos da época ou recuperadas por investigadores e cantadas por Pete Seeger ou Paul Robeson, documentos importantíssimos para a compreensão do que foram esses heróicos movimentos dos mais desvalidos... O mesmo aconteceu na Europa, onde os movimentos operários foram selvaticamente reprimidos. E, infelizmente, continuará a acontecer em todos os lugares do mundo onde a não organização dos trabalhadores permite a mais desenfreada exploração (China incluída).
Quanto aos "braços armados", nem estou para te aturar... Informa-te sobre a história do sindicalismo em Portugal: no séc. XIX, no tempo do fascismo (eu também dei uma ajuda, nesse tempo, na conquista democrática de alguns dos sindicatos corporativos, nos primeiros tempos da "Intersindical", apesar de não poder sindicalizar-me porque, como trabalhador da EN, o Estado tomava conta de mim...) - com prisões, torturas, assassínios, o suicídio da mulher do Daniel Cabrita (com ele preso), de que fala uma canção do Zeca. Há demasiado sofrimento nesse caminho, gente de carne e osso, perseguida, torturada, morta e que merece, pelo menos, respeito, para que frases dessas sejam admissíveis.
E procura saber como (e porquê), já depois do 25 de Abril, se formou a UGT (com PS e PSD) e, mais tarde, uma espécie de agrupamento de sindicatos pseudo-independentes ligados ao PSD, com gente vinda do MRPP, etc. Coisas interessantes.
Depois, quando começares a perceber de que é que estás a falar, voltamos à conversa.
O que te vale é que eu sei que tu não és estas patacoadas que, de vez em quando, te saem...
Vá lá um abraço.
Paulo
Uma resposta a dois comentários sobre o meu texto. Primeiro, os sindicatos, graças a deus - é apenas frase, não sou homem de fé! começaram a existir desde a denominada Primeira Internacional, no ano de 1853, data em que a Rainha Vitoria Saxo-Coburgo da Grã-Bretanha e o auto eleito Imperados Luís Napoleão, convidaram aos trabalhadores europeus para organizar uma exposição industrial sobre as máquinas que usavam na produção e as mercadorias fabricadas. Karl Heirich Pembroke Marx, a sua família, Plekjanov e Engels, correram para escrever um Manifesto para juntar aos trabalhadores - aos produtores, vá - e os reunir de x em x tempo em diversos países e se organizarem para se defender da exploração dos proprietários das empresas, indústrias e manufacturas, organizando-se assim os primeiros sindicatos. Nem todos são "braços armados" de partido nenhum. O que sim acontece, é designarem um membro do partido para Deputado, é assim que se organiza uma Assembleia ou Parlamento. Sem saber, foram duas monarquias as que fundaram os sindicatos e o direito a Greve, como se pode ler no Discurso de Marx na Primeira Reunião da denominada 1ª Internacional. Os trabalhadores, Luís, não são para os controlar. Controlados estamos todos pela Constituição da República e pelos seus códigos. Recomendo ler o texto da lei sobre greves, de 26 de Agosto de 1976. O que faria o Luís se não tiver bens para consumir, que não são feitos por si? Plácido lembra esse sangue, suor e lágrimas que custou formar sindicatos. Lembre a Comuna de Paris de 1870. São testemunhas. Antes de Doutor, fui Advogado e filho de família industrial e organizei dezenas deles, com os estudantes da Universidade, presididos por mim, que não passavam as férias nas praias, mas sim em alfabetizar à laia do meu amigo Paulo Freire: retirar da consciência operária os abusos dos patrões, entre os que estavam os da minha família. Viva a Greve, Meu Caro Luís, é a defesa dos trabalhadores, vivam os sindicatos, o, ai sim, braço armado dos produtores! Todo o resto está sábio comentário de Plácido e no meu livro que Carlos Loures publica no Estrolabio, como sabe, e em mais outro depositado na Biblioteca do ISCTE: Marx, um devoto Luterano. Grande abraço aos dois! O povo unido jamais será vencido...
ResponderEliminarConheço isso tudo, e antes do 25 de Abril fui trabalhador de um banco e participei na formação e na luta do sindicato dos bancários com o grande Daniel Cabrita a líder( e, nessa altura houve muita pancada e sangue...). E não está em discussão a contribuição histórica dos sindicatos. O que está em discussão é que os sindicalistas, em Portugal, ocupam aquelas funções há 20 anos, têm tanta culpa no estado do país como os políticos, esses vão rodando, os sindicalistas nem isso. E, cá em Portugal são braços dos partidos, é uma verdade sem discussão possível. Os sindicatos tiveram e têm um grande papel na sociedade que temos,que é bem melhor do que antigamente, mas hoje, na sua maioria, são uma boa maneira de "formatar" a opinião dos trabalhadores, fazem parte do sistema que os meus amigos tanto acusam.
ResponderEliminarNão deve ser dificil encontrarem um livro "A mentira dos sindicatos" não sei quem é o autor, li-o no seguimentos dos consulados de Reagan e Tatcher, e as coisas, no que diz respeito aos sindicatos, não são tão lineares como querem fazer crer. E não me coloquem no lado dos "maus" porque eu só estou a tentar que as questões se discutam.Se dizemos todos as mesmas coisas não há partilha de opiniões.
Luís,
ResponderEliminarNinguém disse que as coisas eram lineares. Porque não o são é que há que saber a história daquilo de que se fala; as razões do que aconteceu e acontece; porquê e como as organizações se formam e desenvolvem, no bom ou mau sentido, com altos e baixos, com erros e acertos. Haver sindicalistas que desempenham funções de direcção há mais ou menos anos (porque são eleitos democraticamente) não tem, por si só, o mínimo significado; como dizer que "têm tanta culpa (...) como os políticos" não passa de uma afirmação inócua, insusceptível de ser não provada. De resto, não reconheço que a expressão "os políticos" (mais uma vez confundindo pessoas com pensamento e intervenção muito diversa) tenha qualquer significado atendível e útil.
O Carvalho da Silva, já como dirigente da CGTP, tirou uma licenciatura em Sociologia e veio a doutorar-se com uma tese séria sobre aquilo que melhor conhece - o trabalho e o sindicalismo, bem feita, com valia para obter a nota máxima (não foi, que se saiba, atribuída por uma seita comuno-sindicalista...), bem acolhida pelos especialistas e citada já noutros estudos. Tenho-o por uma das pessoas mais sérias e dignas que já conheci, o que talvez seja, mui simplesmente, reconhecido por quem sucessivamente o elegeu. Ou não? És capaz de o acusar de quê? Corrupção? Ou de não colaborar com os sucessivos Governos na degradação das condições de vida do povo português? Cito-o apenas como exemplo, porque não há-de ser o único com apreciáveis qualidades humanas e intelectuais.
Nada me pode levar - hoje em dia, que já aprendi a conhecer-te - a colocar-te "do lado dos maus". Mas não quero colocar-te do lado dos "irreflectidos".
Também não quero que digamos todos as mesmas coisas. Foi precisamente durante uma aceso debate no PCP, há já uns bons anos, que disse pela primeira vez uma das minhas frases preferidas: só concordo em absoluto comigo mesmo.
Mas gostava que não desencantasses umas frases que se tornam tanto mais desatinadas quando as apresentas, desde logo, como "verdades sem discussão possível"! Ora, se não há discussão possível, então não vale a pena escrevê-las, pelo menos para a tal "partilha de opiniões", já que deixa de ser uma "opinião" para se tornar num dogma religioso, afastada que está a discussão sobre a sua "verdade": estás, no mesmo comentário, a contradizer-te. Além de que o destempero assertivo não é o melhor ponto de partida para partilhar seja o que for... Nem serve, sequer, como "provocação"...
Tal como um livro que tem por título "A mentira dos sindicatos" (se não acrescenta, em subtítulo, algo que amenize essa berro marqueteiro), dando a entender que mete tudo e todos no mesmo saco, está a desacreditar-se, logo na capa. Parece-se demais com um "título para vender", uma operação de publicidade sensacionalista: exactamente o tipo de coisas que contribuem para me desinteressar do conteúdo, em vez de me despertarem a curiosidade. Pode ser facílimo encontrá-lo, mas... para quê? "Mi dispiace"...
Paulo Rato
Há de tudo, meu caro.O Carvalho da Silva é um homem sério, como há políticos sérios, mas dos sindicalistas que trabalharam e calcorrearam estradas ao meu lado, hoje continuam sindicalistas com direito a um grande vencimento, secretária, carro e cartão de crédito e, nunca mais puseram os pés no local de trabalho. Todos os sindicalistas fazem o trabalho ideológico do partido a que pertencem, essa é que é essa, aliás sabes bem como nasceu a luta da unicidade sindical...
ResponderEliminarDas centrais sindicais, só conheço, por dentro, uma: a CGTP. Na CGTP, não conheço ninguém que corresponda à descrição dos sindicalistas que "calcorrearam estradas" a teu lado. Não falo de outras.
ResponderEliminarQuanto à unicidade sindical, o meu "saber bem" há-de ser, inevitavelmente, diferente do teu... O que, aqui, não aquece nem arrefece.
O que está em causa é a tendência para amalgamar toda a gente que exerce actividade sindical numa mesma classificação depreciativa. Fala de quem conheces. Não faças as tais "generalizações" de que discordo liminarmente - como referi, ao atribuir erradamente essa característica a uma pequena parte de um comentário do Josep (quando, afinal, estamos de acordo na recusa desse desvio argumentativo).
E discordo porque tornam nebuloso o que se debate. Neste caso, acresce que ofendem todos os que, em circunstâncias que se tornaram quase tão difíceis como no tempo do fascismo, continuam a sacrificar muita coisa à actividade sindical, incluindo as suas carreiras profissionais e, em certos casos, o próprio emprego (é verdade, embora nem esta vergonha de "Código" o permita e os processos patronais acabem derrotados em tribunal, há sempre quem conte com a demora da "justiça" e as dificuldades que as pessoas sabem que vão passar).
Afinal, quem devia ver as coisas assim, a preto e branco, não devia ser eu?...
Paulo Rato
Meu caro, generalizar que todos os políticos são maus e que todos os sindicalistas são bons é uma falácia.A verdade é que os sindicalistas (para além de uns tantos oportunistas) são políticos travestidos de defensores dos trabalhadores. E já nenhum defende os trabalhadores(no sentido de operário, a ganhar mal e com condições dificeis), defendem quem tem emprego seguro e para toda a vida.Como se viu mais uma vez na recente greve.
ResponderEliminarLuís,
ResponderEliminarChegámos ao ponto do costume, em que, para não falares dos meus alhos, te remetes aos teus bugalhos.
Não deve valer a pena, mas ainda digo que:
a) Se odeio generalizações, é óbvio que não escrevi que "todos os políticos são maus e que todos os sindicalistas são bons"...
b) O resto do teu comentário é generalização, generalização e mais generalização: "os" sindicalistas... "nenhum" defende... E mais chavões de "emprego seguro e para toda a vida", coisas consideradas ultrapassadas - com fundamentos errados e sem qualquer base minimamente científica - pela cartilha neoliberal, amplamente divulgada pelos média...
c) Da "recente greve", viste o que eu não vi. Ou melhor, não procuraste, nem procuras, como tento fazer, as "razões das coisas"... Porque aprofundá-las contraria as "conclusões" a que chegaste... antecipadamente. E o "preto e branco" é mais simples e não dá trabalho nenhum (só na fotografia)...
O que tinha a dizer de essencial já disse: quem quis ler, leu e tirou as suas próprias conclusões. Em relação a ti, custa-me (caíste-me no goto, pronto) quando enveredas por teimosas afirmações (e ofensivas para muita gente que não as merece), que considero inferiores ao que és e que, aqui e ali, vai furando a carapaça que te fabricaste.
Podes levar a taça.
Paulo Rato
Eu também gosto de ti, Paulo. E gosto tanto dos neo-liberais como tu, mas não podemos esconder que os sindicatos são braços armados dos partidos políticos.
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